Recentemente, no dia 29 de junho, houve a divulgação da descoberta de uma nova variedade do vírus da gripe suína (H1N1) na China. Foi publicado na revista científica PNAS um artigo científico detalhando tal descoberta (clique aqui para ler). Bom, óbvio que muitos sites e canais de notícia propagaram a novidade e, por estarmos em meio a uma pandemia, o medo e a preocupação são sentimentos comuns diante a essa informação. Entretanto, até então, esse novo vírus não é preocupante e não há razão alguma para nos desesperarmos até então. Veja o porquê!
Antes de falar sobre o novo vírus, é preciso entender o cenário como um todo:
As criações de porcos do mundo inteiro possuem um acompanhamento de quais vírus podem se encontrados lá dentro, o que podem causar, se podem nos infectar, entre outras coisas. E o motivo disso tudo é bem simples: porcos são motivo de preocupação em relação ao vírus da gripe (influenza), porque são bom reservatórios/hospedeiros para esse vírus. Dessa forma, os porcos acabam sempre pegando o vírus, porque não há porcos imunes. Então, o vírus influenza – que causa nossa gripe – pode ficar em porcos por alguns anos e depois voltar a pular para as pessoas, como já aconteceu anteriormente em 2009.
Em 2009, o mundo viveu uma pandemia de H1N1 (vírus influenza A), que teve início no México. A infecção, que é altamente contagiosa, deixou cerca de 285 mil mortos (0,02% dos infectados). Felizmente, no mesmo ano, foi desenvolvida uma vacina para a chamada gripe suína.
O que se sabe sobre o novo vírus?
O chamado G4 EA H1N1 (sigla para genótipo 4 da variedade Eurásia/aviária) já estava presente em fazendas chinesas de porcos desde 2016. Ele é uma mistura de três linhagens: a cepa de H1N1 que causou a pandemia de 2009, uma cepa de H1N1 norte-americana que possui genes de vírus influenza aviário, humano e suíno e outra cepa encontrada em aves da Europa e Ásia. A preocupação sobre esse vírus é que foi observado que ele é capaz de infectar células humanas.
Para a pesquisa desse vírus, foram utilizados dados de fazendas de dez províncias chinesas coletados entre 2011 e 2018. O que chamou a atenção foi a incidência do G4 EA H1N1 em humanos. Foram coletadas 338 amostras de sangue de trabalhadores de 15 fazendas nos últimos três anos da pesquisa, 10,4% deles apresentaram resultado positivo para o vírus. A taxa maior foi entre adultos de 18 a 35 anos. Contudo, os números ainda são consideravelmente baixos para causar qualquer alarde. Isso porque há cerca de 500 milhões de porcos sendo criados na China, o que torna necessário um estudo de maior abrangência para confirmar os riscos.
Além disso, pesquisadores da Universidade Agrícola da China alertam para a possibilidade do vírus sofrer mutações e se tornar mais agressivo.
Afinal, por que isso tudo não preocupa os cientistas e não deve nos preocupar?
Todos os anos, muitos vírus aparecem em porcos, galinhas, entre outros bichos de criação, porém, não ficamos sabendo porque felizmente não progride para nada preocupante ou que seja irreversível.
Esse novo vírus pode até em algum ponto se tornar preocupante e começar a infectar humanos, mas é preciso ressaltar que, atualmente, temos fábricas de vacinas para gripe, ou seja, se acontecer de evoluir para algo sério, em alguns meses teremos uma vacina já pronta, assim como ocorreu em 2009. Diferentemente do novo coronavírus, já existe imunização para outras cepas do vírus influenza, então para criar uma vacina contra alguma variação desse vírus, são necessárias apenas algumas adaptações para chegar à vacina final.
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