Quando falamos sobre os conflitos Israel e Palestina, a resposta mais comum é que eles estão em guerra há séculos ou que o motivo principal é a religião. A questão é que mais ou menos há um século, o local era pacificado. Existem dois capítulos diferentes nesse conflito: o conflito Israel-Árabe e o segundo, menor e mais agressivo, Israel-Palestina.
O primeiro não começa com religião, mas sim com causas nacionalistas que entraram em colapso: os movimentos de independência árabe seguidos do fim do colonialismo e o Sionismo, no qual os judeus que durante muitos anos foram perseguidos, agora buscam sua própria nação na sua terra histórica.
O conflito, inicialmente, era entre dois povos que viram no mesmo território um direito próprio. Em 1947, o mundo tentou resolver com um plano da ONU de dividir a Palestina (dominada pelos britânicos) em dois países diferentes. Em 1948, o plano se tornou uma guerra entre o recém-nascido estado de Israel e seus vizinhos árabes, que viram o plano como um roubo de território. E por anos o conflito se tornou Israel-Árabe.
Em 1967, durante as lutas, Israel ocupou os dois territórios palestinos: Gaza e Cisjordânia (West Bank). Nos próximos 20 anos, o Oriente Médio passou, ainda que de má vontade, a aceitar que Israel sobreviveria. Porém, assim, o conflito passou a ser substituído por Israel-Palestina.
Assim começa o segundo capítulo: a luta entre Palestina e Israel. Para os israelenses, esta é a continuação de uma luta que sempre existiu: achar segurança em um mundo hostil. Para os palestinos, a luta é sobre alcançar a liberdade dos exércitos estrangeiros que agridem sua população diariamente.
A solução parece ser óbvia: dois países independentes. Mas para entender o porquê do conflito ser tão difícil de chegar ao fim, é essencial ver os últimos 30 anos. Inimizade, desconfiança e violência tornaram difícil uma união entre os dois.
Em 1990, ambos assinaram o acordo de Oslo que parecia trazer paz, mas acabou falhando. O acordo acabou sendo mais ou menos o que era para Israel, o que deixaria eles menos inclinados a sacrifícios para tempos de paz no longo prazo. E colocava a liderança palestina em uma posição esquisita tendo que ajudar a ocupação israelense.
A partir daí, o conflito não mudou. A questão é: muitos acreditam que o segundo capítulo não demorará muito para acabar, estando o mundo preparado ou não. E agora, qual será o terceiro capítulo?
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