Você sabe o que são as regências nominal e verbal? Entendê-las é fundamental para quem deseja escrever textos de acordo com a sintaxe da língua portuguesa.
Neste artigo, iremos te explicar o que é regência nominal e verbal, mostrar em que situações elas ocorrem através de alguns exemplos. Bora lá!
O que é regência nominal e verbal?
Regência é a relação de complementação entre termos de uma oração. Ou seja, ela é o que proporciona uma relação entre as palavras de uma frase, uma vez que todas as palavras são interdependentes, dando sentido àquela mensagem.
Existem dois tipos de regência: nominal e verbal. Mas antes de vermos as especificidades de cada uma delas é super importante entendermos o que é termo regido e termo regente.
Chamamos de termo regido aquela palavra que depende de outra para ter algum sentido. Por exemplo, quando alguém fala “O processo de…”, espera-se que a frase seja completada, certo? Afinal, de que processo se trata?
Quando completamos a frase “O processo de contratação de funcionários está sendo realizado pela empresa”, percebe-se que a palavra “contratação” dá um sentido ao que está sendo dito, servindo de complemento da palavra “processo”.
Logo, podemos classificar a palavra “processo” como o termo regido, pois ele precisa de um complemento, e “contratação” como termo regente, pois é complemento da palavra anterior.
Regência Nominal
Na regência nominal, o termo regente trata-se de um nome, ou seja, ele pode ser um substantivo, adjetivo ou um advérbio. Nesse caso, é necessário o uso de preposição entre o termo regente e o termo regido. As mais comuns são:
- de;
- em;
- por;
- a;
- para;
- em;
- pelo.
Exemplos de regência nominal:
- Está alheio a tudo;
- Era propenso ao magistério;
- Meu carinho pelos animais me conforta;
- É uma coisa curiosa de observar;
- Estava agoniado por vê-la;
- Estamos acostumados com as novas ferramentas;
- Na reação química, ocorreu uma união de substâncias.
Regência Verbal
A regência verbal, como o próprio nome já indica, trata-se da relação de subordinação de um verbo e outro termo que irá assumir a função de complemento ou preposição.
Veja alguns exemplos em que o verbo necessita de complemento:
- Você fez a tarefa de casa?
Verbo: fez;
Complemento: tarefa de casa.
- Os alunos conseguiram boas notas na prova.”
Verbo: conseguiram;
Complemento: boas notas na prova.
- Ele adorava tomar sorvete aos finais de semana.
Verbo: adorava;
Complemento: tomar sorvete aos finais de semana.
Nesses exemplos acima, o verbo não precisou de preposição. Porém, quando o verbo é transitivo indireto, ele necessita de uma preposição para ligá-lo ao complemento e dar sentido ao enunciado. Se liga nesses exemplos!
- Juliano decidiu sobre seu futuro.
Verbo: decidiu + preposição: sobre + complemento: seu futuro.
- Eu estudei para conseguir a vaga no vestibular.
Verbo: estudei + preposição: para + complemento: vaga no vestibular.
- É verdade que você não gostou do Fernando?
Verbo: gostou + proposição: do + complemento: Fernando.
Nesses exemplos acima, o verbo necessita da preposição para ligá-lo ao complemento. Ou seja, o verbo está subordinado à preposição.
Qual a diferença entre regência nominal e verbal?
Agora que já sabemos as especificidades de cada regência, vamos ressaltar as diferenças entre elas.
Tanto a regência nominal quanto a verbal referem-se à subordinação entre dois termos. Porém, a regência verbal diz respeito à subordinação entre um verbo e seu complemento, que pode ou não necessitar de uma preposição para interligá-los.
Já a regência nominal trata da relação entre nomes, ou seja, substantivos, adjetivos ou advérbios, e complementos.
Gostou de saber sobre as regências nominal e verbal? Para fixar esse conteúdo, confira mais dicas de como ser mais produtivo nos estudos. Dessa forma, você conseguirá colocar em prática todo o seu conhecimento!