O Ministério da Educação apresentará amanhã (22/09) o projeto de reforma do Ensino Médio, segmento que representa hoje, um dos maiores desafios da Educação Nacional. Entre outras mudanças, a proposta compreende o fatiamento dessa etapa escolar, criando um sistema modular, que permitirá ao aluno obter certificados parciais. No fim de cada de cada semestre letivo, o estudante terá a possibilidade de trancar a matrícula e retirar o comprovante de conclusão até aquele ponto, a partir do qual poderá retomar os estudos posteriormente. O objetivo é reduzir a taxa de evasão dos alunos (há 1,7 milhão de adolescentes de 15 a 17 anos fora da sala de aula) e mudar o quadro de baixos índices de rendimento escolar.
Atualmente, todos os alunos do Ensino Médio devem cursar 13 disciplinas ao longo dos três anos. Essa configuração é apontada por parte dos especialistas como engessada e distante dos interesses dos jovens. A partir da mudança, a grade do 10 ano será comum a todos. Para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas, linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico. Dessa forma, o aluno poderá escolher em qual linha quer se aprofundar. A oferta dessas habilitações ficará a cargo dos sistemas estaduais, que respondem por 97% das matrículas do Ensino Médio público do país.
Segundo o Ministério da Educação, a ideia é dar às redes locais independência para enxugar disciplinas excessivamente detalhadas e evitar repetir matérias que o aluno já domina. Assim, o aluno que já tem proficiência em inglês ou informática, por exemplo, poderá ser liberado da disciplina ou ingressar em turmas mais avançadas. Tudo isso para tornar a escola um lugar mais atraente.