Neste mês de outubro, o ator Grande Otelo completaria 100 anos de vida. O também centenário e falecido cineasta norte-americano, Orson Welles, disse “O melhor ator da América do Sul” sobre este pequeno ator que conseguia ao mesmo tempo arrancar risadas e lágrimas da platéia.
Ele foi protagonista de uma história trágica da vida real. Seu pai morreu esfaqueado e a sua mãe era alcoólatra. Anos mais tarde, a sua esposa envenenou o próprio filho (enteado de Grande Otelo) e se suicidou. Uma triste sina que faz parte da biografia dos grandes comediantes, como Peter Sellers e Robin Willians.
Grande Otelo atuou em vários filmes de comédia na década de 50 produzidos pela Atlântida. Este período ficou conhecido como “chanchada”, onde ele ao lado de Oscarito foram os ícones deste movimento cinematográfico. Foi o único momento em que o cinema nacional se consolidou como indústria no país. O artista atuou em vários momentos do nosso cinema. Um dos personagens do cinema brasileiro mais importantes da sua carreira foi a do anti-herói nacional Macunaíma. O filme é baseado no romance homônimo do escritor Mário de Andrade e dirigido pelo cineasta Joaquim Pedro de Andrade, um dos diretores chave do movimento cinematográfico chamado “cinema novo”.
Sua última atuação foi no programa humorístico “A Escolinha do professor Raimundo”, na TV Globo. Nascido em Uberlândia (MG) em 18 de outubro de 1915, o nosso carismático personagem brasileiro faleceu no dia 26 de novembro de 1993, em Paris, França.
Que a sua passagem por aqui seja sempre lembrada pelos fãs e pelos que apreciam a arte.
Parabéns!