Inicialmente é importante fazermos uma diferenciação entre o fenômeno denominado de efeito estufa e o processo de aquecimento global:
O Efeito Estufa é o fenômeno de retenção do calor, irradiado pela superfície terrestre, por uma camada de gases na atmosfera, entre os quais o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o vapor d’água. Trata-se de um processo natural, fundamental para a existência de vida no planeta, pois sem ele as temperaturas seriam muito baixas, já que o calor irradiado seria devolvido ao espaço.
O Aquecimento Global é a elevação anormal da temperatura da Terra causada sobretudo por atividades humanas após a Revolução Industrial, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e pecuária, que emitem grandes quantidades de gases-estufa.
O AQUECIMENTO GLOBAL E AS CONFERÊNCIAS DA ONU
O processo de aquecimento global é um dos principais exemplos da problemas ambientais transnacionais, ou seja, aqueles que independentemente do local de origem da alteração geram consequências que atravessam fronteiras e atingem áreas muito distantes.
Por exemplo, entre os países que sofreram os efeitos mais dramáticos do aquecimento global temos diversas pequenas ilhas, como Tuvalu, que correm o risco de simplesmente desaparecer devido a elevação do nível do mar. O mais cruel nesse processo é que a quantidade de CO2 emitida por essas ilhas ao longo da história é desprezível.
Observe a anamorfose mostrando os maiores emissores de CO2, em volume total, do planeta.
Em 1992, ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, a ECO-92, que firmou o caminho para as futuras conferências climáticas e importantes documentos ambientais internacionais. Apesar de não ter havido acordo, devido à resistência dos EUA, na Convenção de Mudanças Climáticas, ela abriu caminho para as demais reuniões denominadas COP`s- Conferências das Partes- que ocorreram em diversas cidades do mundo. Entre elas destacamos:
- COP 3- Realizada em 1997 em Kyoto, no Japão, onde ocorreu a assinatura do principal acordo com medidas concretas objetivando reduzir os efeitos das mudanças climáticas. O Protocolo de Kyoto definiu que os países mais desenvolvidos teriam que reduzir suas emissões de CO2, em média em 5,2% até 2012. Os EUA não ratificaram o Protocolo.
- COP 15- Realizada em Copenhagen em dezembro de 2009 que tinha como principal objetivo definir um acordo para suceder o Protocolo de Kyoto. A Conferência foi marcada pela grande divergência entre os países e os dois maiores poluidores (em valores totais), EUA e China, inviabilizaram medidas mais concretas.
- COP 21- Será realizada este mês em Paris.
A DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO
O ozônio é um dos gases da atmosfera. Ele se concentra em maior quantidade na estratosfera, entre 15 e 50 quilômetros de altura. Serve de proteção contra os raios nocivos vindos do Sol (raios ultravioleta).
A camada de ozônio forma um cinturão ao redor da Terra, filtrando os raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na segunda metade do século XX, os cientistas detectaram sobre a Antártica uma redução nesta camada.
A redução da camada de ozônio estaria relacionada à emissão de CFC (clorofluorcarbono), utilizado em aerossóis, solventes e aparelhos de refrigeração (gás Freon). Os raios ultravioleta, atravessando o “buraco” da camada de ozônio, podem provocar, entre outros males, o câncer de pele, principalmente em pessoas de pele clara, e a destruição da vegetação.
Um protocolo, assinado em Montreal em 1987, determinou a suspensão da produção do CFC e, nos últimos anos, já se percebe uma regeneração na Camada de Ozônio.
Assista à parte da explicação: