A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ou mais conhecida como URSS, foi um experimento comunista que surgiu em 1922 e durou 74 anos, formada por 15 repúblicas e liderada pelos revolucionários russos Vladimir Lenin e Leon Trotsky. Este ano, completa-se exatos 25 anos do fim da União Soviética, por isso, é bem provável que você encontre alguma questão sobre o assunto na sua prova do Enem. Então, leia a matéria e se prepare!
Guerra Fria
A Guerra Fria ficou marcada como uma disputa predominantemente ideológica entre as duas maiores potências mundiais da época: Estados Unidos (EUA) e URSS. Este conflito gerou uma divisão do planeta em dois blocos, por um lado a União Soviética representando os ideais socialistas, e por outro, os Estados Unidos representando os interesses de um mundo capitalista. O principal objetivo de ambas as potências era influenciar as demais nações do planeta a integrar suas esferas de influência político-econômicas.
Apesar de EUA e URSS não terem entrado em um conflito direto durante o período da Guerra Fria, existiram vários indiretos causados pela polaridade entre socialismo e capitalismo que dominava o mundo. A Guerra da Coreia (1950-1953), por exemplo, foi iniciada por motivo da invasão da Coreia do Sul, potência capitalista, pela Coreia do Norte, socialista. Outra consequência da Guerra Fria foi a intensificação da corrida armamentista, que possibilitou na ampliação dos arsenais nucleares dos EUA e URSS, e também da acirrada competição tecnológica que ficou conhecida como corrida espacial, que culminou na chegada do primeiro homem à lua (1969), o norte-americano Neil Armstrong.
Crise da URSS
Com altos gastos promovidos pelas corridas armamentista e espacial, a URSS começa a atravessar uma grave crise de alimentos a partir da década de 1970. Como as demandas internas não eram atendidas e a produtividade estava baixa, a insatisfação com o regime socialista passou a aumentar a cada dia. Em meio ao agravamento da crise, Mikhail Gorbatchov assume o cargo de presidente da URSS no ano de 1985, com uma proposta de governo baseada em duas reformas: Glasnost (transparência) e Perestroika (reestruturação).
A partir da glasnost, Gorbatchov passou a tornar os mecanismos de decisões políticas mais transparentes, banindo a censura e permitindo uma maior liberdade de expressão. O objetivo desta reforma foi desassociar o governo soviético da noção de Estado onipresente e interventor, para promover a estabilização de um governo que era composto por décadas de corrupção e instituições extremamente burocráticas.
A perestroika foi uma política que representava a tentativa de recuperação econômica da URSS. Houve um estimulo à abertura de uma nova economia de mercado, com a instalação de empresas multinacionais e o fortalecimento das iniciativas privadas. Apesar do presidente Mikhail Gorbatchov ter promovido reformas econômicas e políticas para lidar com a crise, essas medidas não foram suficientes para reabilitar a URSS.
O desmanche soviético
Um dos momentos mais marcantes que caracterizaria o fim da URSS foi a queda do Muro de Berlim, que separava a Alemanha em duas esferas de influência capitalista e socialista. A queda do muro, que ocorreu em novembro de 1990, marcou o início do processo de reunificação alemã e a extinção do modelo socialista.
No ano de 1991, a crise do bloco socialista provoca um desmembramento da URSS,
colocando um ponto final na Guerra Fria e a dando um fim definitivo a União Soviética. Com o desmembramento de novas 15 repúblicas nasce um novo país dando lugar à maior nação comunista e entrando em um árduo processo de transição ao sistema capitalista: A Rússia.
Além dar origem a 15 países, a desintegração da URSS também possibilitou o início de uma chamada Nova Ordem Mundial, caracterizada pela intensificação do processo de integração econômica e pelo começo do movimento de globalização. A partir do fim da guerra fria, os EUA sem um rival a altura da URSS consolida-se como a única potencia global.