Ontem, um estádio de futebol em Kos na Grécia foi cenário de mais um acontecimento caótico referente aos imigrantes na Europa. Mais de 2 mil refugiados, a maioria sírios e afegãos, foram detidos no local. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) estava no local e registrou desmaios devido à insolação e até um ataque epilético. Entretanto, a MSF teve que se retirar quando a polícia começou a utilizar bombas de efeito moral para tentar controlar a situação.
Julia Kourafa, porta-voz do MSF do estádio, disse: “esta é a primeira vez que vemos algo assim na Grécia – pessoas trancafiadas em um estádio e controladas por tropas de choque. Estamos falando de mães com crianças, de pessoas idosas. Ficaram trancados e expostos ao sol por muitas horas.”
Os imigrantes foram detidos no estádio na noite de terça-feira, dia 11 de agosto. A ideia era que todos fossem registrados, porém só havia três policiais para fazer os registros, o que tornou o processo extremamente lento. No dia seguinte, os refugiados ainda estavam lá. Desde o começo do ano, a Grécia recebeu mais de 120 mil pessoas oriundas de países africanos.
Os refugiados fazem o percurso pela Turquia até as ilhas gregas e depois partem para o restante da Europa. As autoridades gregas tentam registrar essas pessoas antes que elas partam para outros países. Mas devido à crise que atinge a Grécia, a polícia não dá conta de fazer o registro de todos os imigrantes, que acabam ficando presos nas ilhas.
A situação é mais grave do que aparenta. Na Turquia, há por volta de 1,6 milhões de sírios com intenção de fazer a travessia para a Grécia. Atualmente, as ilhas gregas são a maior porta de entrada dos refugiados para a Europa, superando até a Itália.
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