A Hungria demarcou sua fronteira com cerca de arame para conter a entrada de refugiados no território europeu. O primeiro ministro húngaro, Viktor Orban, diz que é necessário que os países europeus fortaleçam as suas fronteiras. Uma parte dos europeus são contra os imigrantes, dentre as razões, acreditam também que terroristas podem entrar no continente no meio dos refugiados. Os Estados Unidos também ergueram um muro para impedir a entrada de mexicanos ilegais.
O que devemos pontuar, é que a maior parte dos terroristas envolvidos no ataque as Torres Gêmeas entraram no país com documentação legal. No atentado da revista Charlie Hebdo, os dois irmãos terroristas responsáveis pelo ataque eram cidadãos franceses. E o que podemos dizer do jovem americano que entrou em uma igreja e assassinou nove pessoas negras por questões raciais?
Os sírios que estão tentando chegar em outros países fogem de uma guerra civil que já dura mais de 4 anos. Rebeldes tentam derrubar do poder o ditador Bashar al Assad. Isto soma-se ao fato do ISIS (atual Estado Islâmico) tentar também estabelecer um regime teocrático no país, segundo eles, de acordo com as leis islâmicas. Os números de mortos já passam de 200 mil. A maioria não opta por abandonar a sua terra natal por algum motivo que não seja para uma melhor oportunidade de vida, ainda mais quando a oportunidade é poder viver.
Alguns chamam os europeus de fascistas, mas isso não é verdade. Em primeiro lugar, a Europa não é um país e não podemos dizer que declarações de algum político e de simpatizantes sejam bases para fazer tais afirmações. Na Islândia, por exemplo, 11 mil pessoas ofereceram suas casas para os refugiados. Na Inglaterra e Alemanha, também existem pessoas que estão fazendo campanhas para esta causa humanitária.
Assuntos complexos não podem ser respondidos com tanta simplicidade. Vamos nos informar de maneira que nossos pensamentos ultrapassem as fronteiras das certezas absolutas.