O escritor russo, Fiódor Dostoiévski, nasceu no dia 11 de novembro de 1821. Suas obras se encontram nas prateleiras de qualquer livraria do mundo. Durante o regime de Nicolau I, ele foi condenado à morte, acusado de conspiração, mas no último momento, foi mandado para uma prisão na Sibéria, onde teve a sua sentença comutada para 4 anos de detenção.
Esae fato o inspirou a escrever “A Recordação da Casa dos Mortos” (1861), uma vivência pessoal na cadeia transformada neste romance que parece um relato de um presidiário dos dias atuais. Seus personagens geralmente são humildes, marginalizados e complexos. Livros como “Crime e Castigo” (1867) e “Os Irmãos Karamazov” (1880) inspiram até hoje cineastas como Woody Allen. Filmes como “Crimes e Pecados” (1989) e Match Point (2006) são exemplos da influência de Doistoévksi no cinema.
O legado que ele nos deixa é rico e incalculável. Uma das das grandes características deste talentoso homem, epilético e viciado em jogo, era a sua profunda humanidade que ele emprestava aos seus personagens. Deus, crimes, punições eram os temas que faziam parte da sua narrativa realista. Tais temas são bastante discutidos nas redes sociais nos dias atuais. Uma pena que na maioria das vezes acabam sendo discutidos superficialmente.
Assim como William Shakespeare, as obras de Dostoiévski são atemporais porque ambos falavam sobre os conflitos do ser humano em relação a sua existência e ao mundo que o cerca. A liberdade individual que transcende a divindade e a metafísica, através das suas escolhas e que resultarão em consequências superiores aos conceitos determinados sobre o que é bom e o que é mau.
Ler Dostoiévski é entender o seu tempo: o antes, o hoje e o sempre.