A análise do discurso teve como precursora no Brasil a linguista Eni Orlandi durante os anos 70. Esse estudo faz parte das áreas de linguística e comunicação e tem como principal intuito traçar estruturas e construções ideológicas dentro de um texto. Assim, a análise do discurso também pode ser muito útil para interpretação de texto e redação, por exemplo.

VOZ ATIVA
A voz ativa ocorre quando o sujeito de uma oração executa uma ação. Ou seja, ele é o agente. Um exemplo disso é a frase: “João chutou a bola.” Nela, a atenção é totalmente voltada para quem fez a ação, e não para a ação em si.

Desse modo, quando jornais e políticos, por exemplo, usam essa construção, percebe-se que o intuito não é falar do que ocorreu mas sim quem fez. Isso é visto em manchetes como “PF libera trechos de diálogo com delegado”.

VOZ PASSIVA
A voz passiva ocorre quando o sujeito de uma oração sofre uma ação. Ela pode aparecer de duas formas: analítica e sintética, sendo a sintética acompanhada da partícula apassivadora “se”. Nesse sentido, utilizamos essa voz verbal, principalmente quando queremos dar maior atenção a ação do que ao agente. Isso é visto na frase “A bola foi chutada por João”. Ou em manchetes como “Festa de São João é garantida por prefeito de Recife”.

Sendo assim, a voz do autor do verbo nos diz muito sobre que mensagem ele quer transmitir e quais são suas reais intenções. Além disso, referências, construções sintáticas na ordem direta e indireta, expressões e pronomes de tratamento também são fortes recursos na construção de um discurso.

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O filme é baseado no conto A História da Sua Vida de Ted Chiang, e narra a chegada de 12 naves desconhecidas em diferentes partes do mundo, gerando temor e incerteza em toda população. Como as naves não reagem a nenhum estímulo e não emitem nenhum sinal ou mensagem, a doutora em linguística Louise Banks (Amy Adams) é chamada para tentar uma comunicação com os seres. Apesar de muito temor e pânico em relação aos recém chegados, os primeiros contatos são pacíficos. Dra Louise então começa a decodificar a língua dos heptapods com o passar dos meses, mas percebe que o contato com eles está modificando sua forma de enxergar o mundo, e é aí que a linguística entra.

Em primeiro plano, é importante analisar que os grifos usados pelos heptapods são circulares, sem haver nem início nem fim, mostrando que a linguagem deles são possui direção, ao contrário da nossa. Desse modo, pode-se perceber que a grafia não-linear dos alienígenas na verdade se relaciona com a forma como eles percebem o tempo. Essa característica pode ser explicada com base na teoria linguística de sapir-whorf que afirma que a estrutura de uma língua é capaz de moldar as ideias e percepções de sua comunidade falante. Dessa forma, mostrando que língua e cognição são inseparáveis.

Por fim, vale ressaltar que A Chegada se trata de uma ficção científica que foge do poder masculino e das ciências exatas, apresentando uma mulher na posição de pesquisadora, que atua com o auxílio não da física ou da matemática, mas sim da linguística. Assim, percebemos que os famosos filmes de ficção podem fugir do óbvio e expandir sua visão sobre ciência e representatividade.

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1. Ler também é estudar

Ler jornais, letras de músicas, livros, propagandas, tweets… tudo isso quando exercitado com frequência, ajuda você a desenvolver sua interpretação de texto para a prova de linguagens do ENEM. Além disso, essa atividade ainda ajuda no reconhecimento dos gêneros e tipos textuais e suas principais características.

2. Tenha calma

Muitos alunos acham que a prova de linguagens do ENEM é basicamente interpretação de texto e, por isso, tendem a fazer as questões correndo. Mas calma! Faça as questões com atenção, com cuidado, porque elas podem definir sua nota e, quanto mais clareza no pensamento, mais a chance de acertar e se dar bem!

3. Circule e sublinhe

Uma das principais formas de não cair em pegadinhas é selecionando o comando da questão e as palavras chave. Às vezes algumas questões podem ser extensas e cansativas, mas quando circulamos ou sublinhamos alguns pontos importantes, nossa mente direciona muito melhor nosso pensamento!

4. Cuidado com o edital

O edital do ENEM trás uma lista completa dos conteúdos que podem cair na prova de linguagens. No entanto, nem sempre todos os conteúdos são utilizados, então vale a pena dar uma olhada nos assuntos que mais foram cobrados nos últimos anos. Assim, você saberá exatamente o que merece mais a sua atenção na hora da revisão!

5. Habilidades e competências

Um quesito que poucas pessoas ficam atentas são as competências que o ENEM avalia nas questões de linguagens. Elas são muito importantes, pois ajudam a entender melhor quais são as habilidades que serão avaliadas, e o que você deve desenvolver para otimizar sua nota!

6. Intertextualidade

Muitas questões da prova de linguagens envolvem áreas do conhecimento como artes e história. Por isso, você deve estar sempre antenado e desenvolver seu repertório cultural. Dessa forma, o conhecimento sobre outras disciplinas pode te auxiliar na hora de marcar alguma questão.

7. Generalizações

Fique muito atento ao marcar uma alternativa! Muitas questões na prova de linguagens podem parecer corretas, mas tome cuidado com opções que contenham palavras como “sempre”, “jamais” e “nunca”, pois elas contém generalizações que colocam a resposta em xeque.

8. Rodapé e referências

Uma dica muito importante é dar atenção a TODAS as partes do texto, inclusive legendas no rodapé e referências. Às vezes, elas apresentam dados muito importantes a respeito do texto e nos tiram da dúvida!

Embora a prova de linguagens tenha apenas 45 questões, ela é considerada uma prova extensa e cansativa. Por isso, é muito importante ficar por dentro de dicas que possam otimizar nosso tempo de realização e que nos ajudem a clarear e direcionar nossa mente!

Continue acompanhando nossas dicas, clicando aqui!

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O preconceito linguístico consiste na discriminação de um indivíduo pelo modo como ele fala. No entanto, antes de falarmos em preconceito linguístico, é necessário destacar um ramo da linguística indispensável para essa discussão: a sociolinguística variacionista. Essa ciência estuda descritivamente – isto é, estuda como a língua se comporta na prática e sem atribuir juízos de valor – a relação entre a língua e a sociedade. Assim, questões como “existe realmente uma forma correta de se falar?” norteiam as pesquisas e as discussões da sociolinguística variacionista.  

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 

A variação linguística é um processo natural, que ocorre em todas as línguas e é responsável por suas adaptações e alterações. As principais variações são:  

a) Variação diastrática: esse tipo de variação ocorre devido as diferenças entre estratos e grupos sociais, relacionando-se a fatores socioculturais, identitários e econômicos. Isso significa que um falante de uma comunidade carente não fala da mesma forma que um morador de uma zona nobre, assim como um adulto não fala da mesma forma que um adolescente. Exemplos disso podem ser a presença do R no lugar do L em palavras como “blusa” e “brusa”, e em gírias que compõem o léxico particular de uma comunidade, como “gato” e “pão”.  

b) Variação diatópica: essa variação ocorre em função das diferenças regionais. Isso significa que, embora estejam no mesmo país, um cearense não fala da mesma forma que um gaúcho, pois ambos possuem suas particularidades. Um exemplo disso é a palavra “tangerina” que dependendo da região pode receber outras denominações como “mexerica” e “bergamota”. 

c) Variação diafásica: essa variação relaciona-se com o contexto comunicativo e determina a forma como devemos interagir com nossos interlocutores. Isso significa que, dependendo da ocasião, o falante deve optar pela formalidade ou pela informalidade, por exemplo.  

PRECONCEITO LINGUÍSTICO 

É fato que dominar as normas que regem a gramática normativa é importante para o nosso cotidiano. No entanto, desde a infância somos expostos a visões preconceituosas às pessoas que cometem algum desvio da gramática tradicional, mesmo que estejamos entendendo a mensagem. Assim, muitas vezes corrigimos de forma constrangedora e diminuímos a inteligência de um falante, sem considerar sua realidade e o contexto comunicativo. Esse comportamento é extremamente nocivo e provoca o silenciamento de diversos grupos sociais (que muitas vezes já são estigmatizados), fazendo com que muitas pessoas se sintam inseguras na hora de interagir com um outro falante. 

Por fim, reconhecer o dinamismo da língua portuguesa é essencial para o desenvolvimento individual e, consequentemente, de uma sociedade. Para isso, é necessário romper esse pensamento de que há apenas uma forma de se falar corretamente, e assumir a pluralidade e a diversidade cultural existentes em nosso país. Assim, ter empatia pelo próximo e compreender que mesmo com alguns desvios gramaticais a mensagem está sendo entendida, nos torna não só pessoas melhores mas também poliglotas em nossa própria língua.

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Em primeiro plano é importante considerar que o sujeito pode ser classificado em três grandes grupos:

Sujeito determinado – quando se é possível identificar o sujeito na oração.

Sujeito indeterminado – quando não é possível identificar o sujeito na oração.

Sujeito inexistente – quando a oração não permite um sujeito.

• SUJEITO DETERMINADO

Sujeito simples – apresenta apenas um núcleo, ou seja, possui apenas um termo principal. 

Exemplos: 

1 – A criança gostou do desenho (Quem gostou do desenho? A criança: um único termo principal) 

2 – A turma saiu correndo (Quem saiu correndo? A turma: um único termo principal) 

Sujeito composto – apresenta mais de um núcleo, ou seja, dois ou mais termos principais.

Exemplos:

1- Os policiais e os bombeiros atuam no caso (Quem atua no caso? Policiais e bombeiros: dois termos principais)

2 – O hambúrguer, a batata frita e o refrigerante já estão na mesa (O que já está na mesa? Hambúrguer, batata frita e refrigerante: três termos principais) 

Sujeito desinencial – também chamado de oculto ou elíptico, esse tipo de sujeito não está declarado na oração, mas é reconhecido pelo contexto, ou pela conjugação verbal. 

Exemplos: 

1 – Espero chegar a tempo no show (Espero: 1ª pessoa do singular – eu) 

2 – Gostamos de pular carnaval (Gostamos: 1ª pessoa do plural – nós) 

• SUJEITO INDETERMINADO

Ocorre quando não é possível identificar o sujeito da oração, nem observando a conjugação verbal, nem observando o contexto da frase. Geralmente é utilizado quando não se tem conhecimento de quem praticou a ação, ou quando não se quer falar quem praticou. 

Apesar de muitos alunos confundirem o sujeito indeterminado com o desinencial, há algumas formas de identificá-lo, veja: 

1 – Utilização do verbo na 3ª pessoa do plural sem se referir a nenhum nome 

Exemplo: Quebraram a janela!  

2 – Utilização do verbo no infinitivo pessoal

Exemplo: Seria bom estudar um pouco mais sobre o assunto 

3 – Utilização da partícula “se” com verbo intransitivo, transitivo indireto ou de ligação. 

Exemplo: Precisa-se de emprego. 

                 Vive-se melhor nas grandes cidades. 

                Nem sempre se é justo nesse mundo.

• ORAÇÃO SEM SUJEITO

É possível que haja orações sem sujeito. Os casos mais comuns de ocorrência são: 

1 – Verbos que exprimem fenômenos da natureza

Exemplos: Choveu e relampejou muito em Copacabana

                 Nevou ontem de madrugada. 

2 – Verbos ser, fazer, estar, fazer, haver, indicando tempo ou fenômenos meteorológicos

Exemplo: São nove horas da manhã.

         Hoje é 14 novembro. 

         Está muito frio. 

         Está cedo demais. 

         Faz 1 ano que não vejo Beatriz.

         Fez 15ºC de manhã. 

         Há anos que não namoro. 

         Há muitas pessoas na fila. 

Por fim, reconhecer os tipos de sujeito é reconhecer a intencionalidade do discurso. Para isso é necessário exercitar bastante esse ponto da sintaxe e compreender bem suas diferenças. Continue por dentro das nossas dicas de língua portuguesa, clicando aqui!

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FUNÇÃO REFERENCIAL

Essa função tem como objetivo transmitir de maneira objetiva uma informação ao receptor da mensagem. Para isso, alguns recursos como a utilização da terceira pessoa do singular ou do plural se fazem presentes para marcar o caráter impessoal dessa função.

Textos jornalísticos e científicos são exemplos que possuem linguagem com função referencial.

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FUNÇÃO METALÍNGUISTICA

A função metalinguística tem como objetivo explicar um código usando o próprio código. Isto ocorre por exemplo, quando um livro explica como se faz um livro, ou um poema fala sobre as dificuldades de se fazer um poema. 

FUNÇÃO EMOTIVA

Essa função tem como objetivo transmitir os sentimentos e as emoções do emissor da mensagem. Para causar esse efeito se é utilizado muitas interjeições, pontos de exclamação e uso da primeira pessoa. 

São exemplos desse tipo de função, o diário, alguns tipos de poemas e alguns tipos de narrativa. 

FUNÇÃO CONATIVA

Essa função tem como principal intuito persuadir o ouvinte e convencê-lo de algo, ou lhe dar ordens. Para isso, são utilizados verbos no imperativo, vocativos e pronomes de segunda e terceira pessoa.

São exemplos de textos com função conativa as propagandas publicitárias e discursos políticos.

FUNÇÃO POÉTICA

A função poética é a mais utilizada pelos textos literários e, diferentemente da função referencial, ela utiliza muitas vezes palavras no sentido conotativo. Assim, o principal foco é a mensagem, que é carregada de figuras de linguagem, expressões e palavras que são escolhidas a dedo. 

FUNÇAO FÁTICA

A função fática tem como intuito estabelecer, interromper ou confirmar um contato entre o locutor e o interlocutor. Essa função é muito presente em chamadas telefônicas como “oi, está me ouvindo?” e em situações de cumprimento como “e aí, como vai você?”.

Por fim, saber reconhecer as funções da linguagem é entender melhor as situações comunicativas e suas necessidades. Assim, nos proporcionando uma visão mais aguçada sobre a intencionalidade dos discursos.

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Se tivéssemos um ranking de autores que mais caíram no Enem, Carlos Drummond de Andrade estaria liderando na primeira posição. O poeta mineiro já apareceu 12 vezes no exame! Muita coisa, né? Suas obras são repletas de humor e ironia, críticas sociais e traços metafísicos, que refletem a essencialidade do ser humano. Além disso, a estrutura dos seus poemas é composta por versos livres – característica muito presente no modernismo – e por um ritmo próprio, sem depender da métrica. Dessa forma, Drummond tem uma poesia muito livre, repleta de homenagens, e que consegue abranger os sentimentos mais humanos, como a saudade, o amor e a angústia. 

Uma das suas obras mais importantes, é a Antologia Poética, que reúne diversos poemas, divididos em 9 seções, que representam os universos temáticos de Drummond. Segundo a ordem do livro os eixos temáticos são: o indivíduo, a terra natal, a família, amigos, o choque social, o conhecimento amoroso, a própria poesia, exercícios lúdicos e uma visão, ou tentativa de, da existência. Por reunir poemas do início da sua carreira, até a década de 60, Antologia Poética é um livro muito completo, e nos proporciona uma visão geral sobre o trabalho desse poeta.  

Sendo considerado o maior escritor da literatura Brasileira, Machado de Assis fez parte do romantismo e do realismo brasileiro. Suas obras além de explorarem a complexidade humana, possuem uma narrativa única e são repletas críticas a sociedade. Essas características estão muito presentes nos personagens esféricos, que por possuírem uma grande densidade psicológica, têm muitos fluxos de memória e indagações. Além disso, muitas vezes há a quebra da quarta parede, que é como uma barreira imaginária entre os personagens e o público. Desse modo, Machado de Assis permite uma maior imersão do leitor na obra e, consequentemente, uma maior reflexão sobre os comportamentos humanos. 

Uma ótima dica para quem quer saber um pouco mais sobre esse escritor, é conhecer as obras Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, e O Alienista. Em todas elas, Machado de Assis estabelece alguma crítica sutil e irônica a um comportamento humano e as camadas sociais. Além disso, as características narrativas dessas obras revolucionaram as formas de se fazer romance, e isso merece atenção durante os estudos para o ENEM.  

Luís Fernando Veríssimo é um escritor contemporâneo conhecido principalmente pelas suas crônicas bem-humoradas. Por serem descontraídas, de linguagem simples e falarem sobre o cotidiano, as crônicas desse escritor gaúcho são ótimas para concursos de vestibulares. No ENEM, sua presença já foi vista 3 vezes.

Se você quiser conhecer um pouco mais sobre Luís Fernando Veríssimo, Comédias da vida privada, Mentiras que os homens contam e Comédias para se ler na escola são ótimas indicações. Esses livros reúnem crônicas com diversas temáticas, e que por serem leves, concisas e risíveis, podem ser lidas por todas as idades!  

Portanto, é importante ressaltar que a prova de linguagens do ENEM vai muito além de decorar. Reconhecer determinados autores e suas principais obras, nos permite compreender melhor não só as características narrativas, mas compreender a sociedade e seu contexto histórico. 

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Os gêneros textuais são textos que cumprem uma função social em uma dada situação comunicativa. Diferente dos tipos textuais, os gêneros textuais não têm uma estrutura limitada e definida, logo, eles são bastante diversos. Além disso, eles podem sofrer algumas modificações ao longo do tempo, devido as mudanças de comunicação na sociedade. 

Dentre os gêneros textuais mais comuns estão: conto, crônica, artigo, resumo, receita culinária, carta, propaganda, novela, dicionário, resenha, poema e e-mail. 

Já a tipologia textual, se configura por estabelecer a estrutura dos textos, seu objetivo e finalidade. Ou seja, resumidamente, os tipos textuais são responsáveis pela forma como um texto se apresenta, e os mais usados são: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo e injuntivo. 

O TEXTO NARRATIVO 

O texto narrativo, tem como principal característica a presença de um enredo, em que há a apresentação de ações de personagens em um determinado tempo e espaço. Além disso, quem narra esses acontecimentos é um narrador, que pode ser entre outros, personagem, observador e onisciente. 

Por fim, a estrutura do texto narrativo é composta pelo desenvolvimento, clímax e desfecho, e o tempo verbal mais utilizado é o passado. 

O TEXTO DESCRITIVO 

Como o próprio nome já diz, o texto descritivo tem como função descrever através de observações e características algo ou alguém. Sendo assim, em sua construção, há muitos verbos de ligação e adjetivos a fim de estimular uma construção de imagens na nossa mente. 

O TEXTO DISSERTATIVO 

O texto dissertativo pode ser dividido em dois tipos: o dissertativo argumentativo, que é o tipo textual da amedrontadora redação do ENEM, e o dissertativo expositivo. O primeiro tem como função, além de defender uma ideia através da argumentação, persuadir o leitor. Já o segundo, tem como objetivo expor um ponto de vista, sem necessariamente usar artifícios de convencimento. Essa tipologia textual é muito importante para vocês vestibulandos, pois no ENEM é essencial que sua redação tenha argumentos sólidos e coerentes, para que seja convincente para o corretor. 

O TEXTO EXPOSITIVO 

O texto expositivo tem como finalidade informar ou esclarecer o leitor, a partir da exposição de um determinado assunto. Para isso, é utilizado ao longo da sua estrutura, conceituações, definições, informações e descrições. Além disso, é essencial que essa tipologia textual tenha uma linguagem clara e concisa. 

O TEXTO INJUNTIVO 

Apesar do nome não nos dar muitas dicas sobre esse tipo de texto, o texto injuntivo tem como função instruir ou orientar o leitor. Desse modo, a utilização dos verbos no imperativo para indicar uma ordem é um dos recursos linguísticos mais importantes dessa tipologia. 

Portanto, reconhecer as diferenças entre os gêneros e tipos textuais nos ajudam não só a fazer as questões dos vestibulares, mas compreender melhor nossa sociedade e como ela se comunica. Assim, é possível expandir a competência linguística e discursiva do aluno. 

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O curso de letras dura em média quatro anos, e o aluno tem a possibilidade de escolher não só entre licenciatura e bacharelado, como também se deseja estudar um segundo idioma. Dentre as habilitações oferecidas na maioria das universidades estão o inglês, o espanhol, o latim, o francês e o alemão. Desse modo, ao longo da graduação, estuda-se o funcionamento da língua portuguesa, das línguas estrangeiras e suas respectivas literaturas. Além disso, para se ingressar na faculdade de letras é essencial que o aluno tenha interesse pela leitura, pela escrita e por conhecer novas culturas, já que esses elementos norteiam o curso.

O profissional de letras ou letrólogo possui uma área de atuação bastante ampla, não se restringindo apenas ao ambiente acadêmico. Ele pode atuar nas áreas de tradução, editoração, interpretação, revisão e produção textual, por exemplo.

No ramo da tradução, o profissional formado em letras pode atuar traduzindo textos do português para um idioma estrangeiro e vice versa. Como precisamos da escrita em todas as áreas do conhecimento, há oportunidades de tradução de livros, manuais, filmes, campanhas publicitárias e até mesmo bulas de remédio!

Na área da editoração, o letrólogo é capacitado para editar textos de todos os tipos e gêneros, adaptando o conteúdo que vai ser publicado e definindo o seu formato com base no perfil da empresa. Além disso, a editoração caminha ao lado da revisão, que é a área que corrige ortografia, gramática e a estrutura dos textos. Imagina que legal, ler em primeira mão aquele livro que todo mundo está esperando lançar?

No campo da produção textual, é possível atuar escrevendo seja por conta própria, seja para agências. Nessa área é comum a produção de livros, matérias jornalísticas, roteiros, conteúdos para sites e blogs (como o QG do Enem) e textos publicitários.

A interpretação é um ramo bastante requisitado, e o profissional de letras pode ser responsável por fazer traduções simultâneas em reuniões, congressos, conferencias, eventos culturais, intermediando assim, o contato entre dois falantes de idiomas distintos. Já imaginou ter que ouvir uma outra língua e quase que automaticamente traduzi-la? Muita responsabilidade, né?

Por fim, caso o graduado em letras opte pela licenciatura, ele é habilitado a dar aula no ensino fundamental, no ensino médio e no ensino superior. No entanto, para dar aula no ensino superior a maioria das faculdades exigem uma pós-graduação. 

Portanto, como foi possível perceber, o curso de letras oferece grandes oportunidades, e quem se forma nesse curso encontra um mercado de trabalho bastante amplo e diversificado. No entanto, é fundamental lembrar que ao escolher um curso universitário, é importante levar em consideração aquilo que nos faz feliz e o que nos realiza. Assim, a vida se torna muito mais leve e trabalhar e estudar não se torna um sacrifício.

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1. ARTE CONTEMPORÂNEA

A arte contemporânea surgiu após a Segunda Guerra Mundial, na década de 1960, e sua produção artística se estende até os dias atuais. Quando surgiu, rompeu com algumas concepções da arte moderna, o que permitiu a configuração de uma nova mentalidade no mundo da arte. Esse movimento artístico tem como principal intuito, a valorização do conceito – ideia – da obra, e não necessariamente do objeto final. Para isso, os artistas contemporâneos criaram novas técnicas e expressões e atrelaram ao caráter experimentalista e inventivo, dos modernistas.

As principais características dessa expressão artística são:

– Integração entre linguagens artísticas – música, dança, teatro entre outros

– Liberdade artística

– Interatividade das obras

– Questionamentos da definição de arte

– Uso de materiais não convencionais nas produções artísticas

– Uso de novas tecnologias e mídias

– Afinidade com a cultura popular

2. MODERNISMO EUROPEU

O Modernismo Europeu, tem início na primeira metade do século XX e está inserido em um contexto histórico de avanço tecnológico e científico. É nesse momento também que a Europa sofre grandes impactos, principalmente após a Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa. Esse movimento artístico, tinha como principal intuito romper com as concepções tradicionais de arte, e fazer oposição a arte academicista, que é a arte regrada e convencional. 

No entanto, é fundamental para responder as questões sobre Modernismo Europeu no Enem, que você tenha estudado as vanguardas que estão inseridas nesse momento histórico. São elas: 

– Expressionismo

– Cubismo

– Futurismo

– Surrealismo

– Dadaísmo 

– Fauvismo 

3. MODERNISMO BRASILEIRO

No Brasil, o modernismo foi impulsionado em 1922 após a Semana de Arte Moderna, que ocorreu em São Paulo. Os artistas envolvidos nesse evento propunham uma nova concepção de arte, que embora fosse estimulada pelas tendências das vanguardas europeias, tinha o intuito de criar uma arte genuinamente brasileira. 

Suas principais características são:

– Experimentalismo estético

– Temas extraídos do cotidiano

– Nacionalismo

– Uso de ironias, humor e paródias

– Presença de versos livres, ausência de pontuação e abandono de formas fixas

– Busca pela linguagem brasileira

É importante lembrar também que o Modernismo teve três importantes fases. Durante a 1ª fase os artistas buscavam uma renovação, e por isso essa fase foi considerada a mais radical. Na 2ª fase ou fase de consolidação, houve a busca por temáticas nacionalistas e regionalistas. Por fim, a 3ª fase é considerada a pós moderna, e retorna ao experimentalismo. 

Por fim, é indispensável compreender que a arte desempenha um papel fundamental na educação e no nosso cotidiano. Saber reconhecer as vanguardas artísticas nos permite compreender melhor nossa história e nossa cultura e, consequentemente, nossa identidade. Além disso, é através dela que conseguimos transpor as barreiras linguísticas e nos comunicarmos com o mundo de uma maneira única, que nem sempre é possível somente com palavras. 

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