Isabella Andrade, autor em Plataforma Enem Plataforma Enem Thu, 20 Feb 2025 20:57:14 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 https://enem.com.br/wp-content/uploads/2025/02/e-PORTAL_ENEM-150x150.png Isabella Andrade, autor em Plataforma Enem 32 32 Resumo do livro Memórias de Martha, leitura obrigatória da Fuvest 2026 https://enem.com.br/2025/02/20/memorias-de-martha-resumo/ https://enem.com.br/2025/02/20/memorias-de-martha-resumo/#respond Thu, 20 Feb 2025 18:00:00 +0000 https://enem.com.br/?p=23094 A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está Memórias de Martha, da escritora Júlia Lopes da Almeida. É essencial que os […]

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Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está Memórias de Martha, da escritora Júlia Lopes da Almeida.

É essencial que os candidatos procurem ler, conhecer e estudar os livros com antecedência. Assim, para te ajudar na sua preparação para a prova do vestibular, compilamos um resumo completo sobre o livro. Ao final da leitura, confira também a lista completa das leituras obrigatórias selecionadas pela USP, de 2026 a 2029!

Resumo do livro ‘Memórias de Martha’

O romance Memórias de Martha, primeiro da escritora Júlia Lopes de Almeida, foi publicado inicialmente como folhetim em 1888 e compilado em livro no ano seguinte, 1889, um ano antes de O Cortiço, de Aluísio Azevedo. Classificado como um romance memorialista, a obra é uma autobiografia ficcional narrada em primeira pessoa. A protagonista, Martha, narra os acontecimentos mais marcantes de sua vida, desde a infância até o momento da narrativa, que coincide com a morte de sua mãe.

Cenário e contexto histórico

A história se passa no final do século XIX. Quando jovem, Martha perde o pai, e sua mãe, também chamada Martha, precisa trabalhar como engomadeira para sustentar as duas. A renda escassa obriga-as a morar em um cortiço no bairro de São Cristóvão, na então capital do Império, Rio de Janeiro. Martha descreve o cortiço como um lugar úmido, fétido, devido a um matadouro próximo, e o quarto onde viviam como estreito, abafado e escuro. É de se notar que esse espaço do cortiço representa as mazelas da classe pobre carioca.

Enredo

Ao longo das memórias, acompanhamos o crescimento de Martha e o despertar de sentimentos como inveja e paixão, além de sua percepção sobre a miséria que vivia. Ela acompanha a mãe nas casas das freguesas, uma das quais insiste para que Martha frequente a escola. Apesar das dificuldades de acesso à educação, elas conseguem se mudar para uma casa próxima ao colégio onde Martha começa a estudar, na esperança de melhorar suas condições de vida e para fugir do cortiço.

O tempo passa, e Martha filha recebe um diagnóstico de histeria, com a recomendação de casamento como “cura”. Durante as férias, ela vai a Palmares com uma professora e se apaixona por Luís, um homem vivaz e aventureiro, em contraste com sua personalidade séria e tímida. Contudo, seu amor não é correspondido, o que ela atribui à sua feiura e pobreza. Durante esse período, Martha escreve cartas para sua mãe, que as compartilha com um cliente, Miranda, viúvo e pai de dois filhos. Miranda se apaixona por Martha, por seu intelecto e pelos seus escritos.

O casamento, a transgressão e o sacrifício

Martha decide participar de um concurso para professora e é aprovada. Miranda a pede em casamento, mas ela inicialmente recusa, pois não quer se casar sem amor. Pressionada pela mãe, que afirma que “a reputação de uma mulher é essencialmente melindrosa”, Martha aceita o casamento, mas o encara como “uma vingança pelos ultrajes que sua imaginação de moça sempre sofrera”. Oito dias após o casamento, sua mãe falece. A recusa inicial de Martha ao noivado é considerada uma transgressão para a época, pois contraria as expectativas sociais de submissão feminina e dependência financeira.

Uma reflexão sobre a sociedade da época

Todos os personagens ao longo da trama são essenciais para que o leitor reflita sobre a sociedade daquela época e se essa realidade ainda permanece. A obra ressalta o papel de Martha mãe, uma mulher fortíssima que enfrentou a maternidade com muita dificuldade, porém trabalhou duro até o fim de sua vida para ajudar a sua filha, com a esperança de dar uma vida melhor à ela, de dar a Martha um futuro diferente do que ela teve.

A importância da obra

O romance retrata a realidade sofrida das mulheres no século XIX, marcada pela falta de acesso à educação e à saúde, pela luta pela independência financeira e pela submissão social. Júlia Lopes de Almeida aborda, em um livro curto, temas como pobreza, miséria e as dificuldades enfrentadas por mulheres que resistem ao destino imposto pela sociedade.

Em poucas páginas, a autora expõe de forma brilhante a crueldade da realidade vivida por muitas mulheres, enquanto celebra a capacidade de superação e independência femininas.

Sobre a autora

Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida nasceu no Rio de Janeiro, em 24 de setembro de 1862. Escritora, cronista, teatróloga e abolicionista, foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras. Sua obra é vasta, abrangendo literatura infantil, romances, crônicas, peças teatrais e artigos jornalísticos. 

Em 1886, mudou-se para Lisboa, onde iniciou sua carreira literária, publicando Contos Infantis em parceria com sua irmã em 1887. De volta ao Brasil em 1888, lançou seu primeiro romance, Memórias de Martha, em folhetins do jornal O País. Também colaborou com publicações femininas, como a revista A Mensageira, dirigida por Presciliana Duarte de Almeida entre 1897 e 1900. Foi presidente honorária da Legião da Mulher Brasileira, fundada em 1919.

Júlia faleceu em 30 de maio de 1934, no Rio de Janeiro, devido a complicações renais e linfáticas decorrentes da febre amarela. Outras obras da autora incluem: A Família Medeiros (1892), A Falência (1901), Traços e Iluminuras (1887) e Ânsia Eterna (1903).

Confira as leituras obrigatórias da Fuvest para os vestibulares de 2026 a 2029

Agora, saiba as leituras obrigatórias formuladas pela Fuvest para as edições de 2026 a 2029. Os títulos em negrito são referentes às obras inéditas em relação ao ano anterior do vestibular:

2026

  • Opúsculo humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2027

  • Opúsculo humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2028

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2029

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • D. Casmurro (1899) – Machado de Assis
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • Nós matamos o cão tinhoso! (1964) – Luís Bernardo Honwana
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Incidente em Antares (1970) – Érico Veríssimo
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira 

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Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está Caminho de pedras, da escritora Rachel de Queiroz.

É essencial que os candidatos procurem ler, conhecer e estudar os livros com antecedência. Assim, para te ajudar na sua preparação para a prova do vestibular de 2026, compilamos um resumo completo sobre o livro. Ao final da leitura, confira também a lista completa das leituras obrigatórias selecionadas pela USP, de 2026 a 2029!

Resumo do livro ‘Caminho de pedras’

A obra “Caminho de pedras”, da renomada escritora Rachel de Queiroz, publicada em 1937, reflete os dilemas de uma sociedade em transição, onde as mulheres começam a questionar suas posições, confrontando as normas sociais, além da luta de classes. A autora aborda como o sistema privilegia de forma sutil aqueles próximos ao poder, enquanto explora a queda moral de sua protagonista e incita reflexões sobre o papel feminino na sociedade da época.

Contexto histórico e social

Diferentemente de outros livros da autora, o enredo de “Caminho de Pedras” se passa em Fortaleza, nos anos 1930, durante a Era Vargas, período marcado por transformações sociais e políticas no Brasil. Rachel de Queiroz insere sua narrativa nesse cenário para abordar questões femininas e críticas sociais que dialogam com as mudanças da época.

A jornada de Noemi

A narrativa acompanha Noemi, uma mulher casada com João Jacques, um homem bondoso, com quem vive um casamento inicialmente estável e harmonioso. Mãe de um menino chamado Guri, Noemi encontra sua vida transformada ao conhecer Roberto, um militante de esquerda encarregado de recrutar operários para uma célula socialista. Atraída pelas ideias políticas e pela personalidade de Roberto, Noemi desenvolve uma forte conexão intelectual e emocional com ele, além de sentir uma poderosa atração que é recíproca.

Dilemas morais e o papel peminino

Apesar de reconhecer a bondade de seu marido, Noemi enfrenta um profundo dilema moral. Incapaz de se separar de João Jacques sem sentir culpa, ela acaba traindo-o, uma decisão que provoca intensos conflitos internos.

Nesse contexto, Rachel de Queiroz revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo sabendo das consequências que enfrentaria. Em uma sociedade que impunha às mulheres os papéis restritos de mãe, esposa e dona de casa, Noemi é ao mesmo tempo “transgressora” e “heroína”, pois opta por romper com um casamento sem amor em busca de sua liberdade.

Críticas e reflexões 

A narrativa é marcada por um tom introspectivo e por críticas sociais contundentes. Mesmo com sua linguagem direta e clara, o texto convida o leitor à reflexão, especialmente por abordar de forma pioneira questões feministas em uma época em que esses debates começavam a emergir no Brasil. Rachel de Queiroz explora os papéis femininos e as dificuldades em conciliar ambições pessoais com as expectativas sociais, trazendo à tona os dilemas enfrentados pela classe média urbana.

O simbolismo do título

O título “Caminho de Pedras” simboliza a jornada árdua de Noemi rumo à sua liberdade política, social e sexual, enfrentando os desafios de uma sociedade conservadora e opressiva. É uma obra que lança luz sobre as contradições de uma época e a luta por transformação.

Sobre a autora

Rachel de Queiroz (1910–2003) foi uma escritora, jornalista, dramaturga e tradutora brasileira, reconhecida como uma das grandes representantes da literatura modernista no Brasil. Nascida em Fortaleza, Ceará, destacou-se pela abordagem de temas sociais, especialmente sobre o sertão nordestino, retratando a vida e as dificuldades do povo sertanejo com profundidade e sensibilidade.

Em 1930, lançou seu romance de estréia, O Quinze, que abordava a seca de 1915 e marcou sua entrada na literatura nacional. Ela foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras, em 1977.Rachel também se destacou como cronista e manteve uma intensa produção jornalística ao longo de sua vida.

Entre suas principais obras estão: O Quinze (1930), João Miguel (1932), Caminho de Pedras (1937), As Três Marias (1939) e Memorial de Maria Moura (1992).

Confira as leituras obrigatórias da Fuvest para os vestibulares de 2026 a 2029

2026

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2027

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2028

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2029

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • D. Casmurro (1899) – Machado de Assis
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • Nós matamos o cão tinhoso! (1964) – Luís Bernardo Honwana
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Incidente em Antares (1970) – Érico Veríssimo
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira

O conteúdo Resumo do livro Caminho de pedras, leitura obrigatória da Fuvest 2026 aparece primeiro em Plataforma Enem.

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Resumo do livro ‘Nós Matamos o Cão Tinhoso!’, leitura obrigatória da Fuvest 2025 https://enem.com.br/2024/12/12/nos-matamos-o-cao-tinhoso-resumo/ https://enem.com.br/2024/12/12/nos-matamos-o-cao-tinhoso-resumo/#respond Thu, 12 Dec 2024 20:30:00 +0000 https://dimgrey-loris-931685.hostingersite.com/?p=20327 A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está Nós Matamos o Cão Tinhoso!, do escritor Luís Bernardo Honwana. É essencial que […]

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Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está Nós Matamos o Cão Tinhoso!, do escritor Luís Bernardo Honwana.

É essencial que os candidatos procurem ler, conhecer e estudar os livros com antecedência. Assim, para te ajudar na sua preparação para a prova do vestibular de 2025, compilamos um resumo completo sobre o livro de Honwana. Ao final da leitura, confira também a lista completa das leituras obrigatórias selecionadas pela USP, de 2025 a 2029!

Resumo do livro Nós Matamos o Cão Tinhoso!

“Nós Matamos o Cão Tinhoso!”, de Luís Bernardo Honwana, é um livro composto por sete contos, escrito e publicado em 1964, em Moçambique. Naquela época, o país africano ainda estava sob domínio português, e, portanto, a obra tem como pano de fundo a opressão colonial portuguesa e a luta pela independência do povo moçambicano.

A obra utiliza metáforas e elipses para escapar da censura da época, e a repetição para chamar a atenção do leitor em certas partes. Ele também utiliza termos de várias tribos diferentes, mostrando que a revolução é de todos. Cada conto reflete diferentes facetas da exploração colonial – pobreza, submissão, racismo, violência e resistência – e destaca a luta por liberdade e esperança na independência.

A seguir, você confere o resumo de cada um dos sete contos do livro:

Nós Matamos o Cão Tinhoso

O primeiro conto dá nome ao livro: Nós Matamos o Cão Tinhoso. Nele, o narrador em primeira pessoa é Ginho, uma criança sensível e observadora. Essa característica confere à narrativa uma perspectiva infantil e, por vezes, ingênua. Ginho conta que, em sua escola, havia um cachorro chamado Tinhoso – termo que significa algo repugnante, teimoso e insistente.

O cão era velho, com pelos brancos, cicatrizes, muitas feridas e grandes olhos azuis que causavam medo. Essa descrição, repetida ao longo da história, parece simbolizar o povo português – os colonizadores. Ninguém gostava do cachorro, exceto uma menina, descrita como pouco inteligente, sugerindo que apenas alguém que “não pensasse direito” poderia aceitar a colonização portuguesa.

Certo dia, alguém encarrega o veterinário de matar o cachorro. Relutante, o veterinário transfere a tarefa para Ginho e seus colegas de turma. As crianças retornam para casa em busca de armas para realizar o ato. Surge a ideia de usar medicamentos, mas decidem pelas armas, simbolizando que os jovens são os responsáveis por agir contra a colonização e que, em algumas revoluções, o uso de armas é necessário.

Os colegas escolhem Ginho para executar o tiro. Ele atira de olhos fechados, ouvindo o grito da menina que tentava proteger o cão. No final, são os outros meninos que efetivamente matam o cachorro.

Inventário de Imóveis e de Jacentes

O segundo conto, “Inventário de Imóveis e de Jacentes”, também é narrado em primeira pessoa. O personagem descreve sua casa, revelando um espaço simples e pequeno para a quantidade de pessoas que lá vivem. A imobilidade da casa reflete a estagnação da sociedade moçambicana sob o domínio colonial.

Dina

Em “Dina”, o terceiro conto, o narrador onisciente relata um episódio em uma machamba (plantação). Conhecemos Madala, um idoso adoentado que sofre enquanto trabalha, mas que teme desobedecer ao capataz português. O horário de almoço chega e Madala recebe a visita de sua filha Maria, que o convence de fazer um intervalo enquanto ela espera.

O capataz se interessa por Maria e força uma relação sexual com ela. Os homens que ali também trabalhavam ficaram revoltados com a situação e se juntaram ao redor de Madala, esperando dele uma confirmação para fazer algo a respeito do acontecido; porém, o idoso não diz e não faz nada. O capataz, ao perceber a tensão, determina o fim do horário de almoço, mas ninguém se move.

Nesse momento, o leitor tem a sensação de que os homens finalmente farão algo contra a opressão que sofrem no trabalho, porém, o capataz oferece vinho a Madala, que o aceita, e todos voltam ao trabalho com sentimento de derrota. Esse conto denuncia a submissão e o esgotamento do povo moçambicano, incapaz de reagir até mesmo contra injustiças brutais.

Velhota

A “Velhota”, o quarto conto, narra a história de um jovem espancado que busca abrigo na casa de sua mãe e irmãos. A pobreza extrema e a fome da família são destacadas, simbolizando a miséria vivida pela população moçambicana e a esperança de que futuras gerações superem essas humilhações.

Papá, Cobra e Eu

Em “Papá, Cobra e Eu”, Ginho retorna narrando um problema vivenciado pela sua família, pois uma cobra entrou no galinheiro e está matando todas as galinhas. Vemos nessa história a aproximação do menino com o pai, que lhe dá sábios conselhos.

“- Meu filho, tem de haver uma esperança! Quando um dia acaba e sabemos que amanhã será tudo igualzinho, temos de ir arranjar forças para continuar a sorrir e continuar a dizer ‘isso não tem importância’. Ainda hoje viste o Sr. Castro a enxovalhar-me! Isso foi só um bocadinho da ração de hoje… Não, meu filho, mesmo que isto tudo só O negue, Ele tem de existir!…

O Papá parou de repente e sorriu num esforço. Depois acrescentou:

– Mesmo um pobre tem de ter qualquer coisa… Mesmo que seja só uma esperança!… Mesmo que ela seja falsa!…” 

Fonte: página 103

As Mãos dos Pretos

No sexto conto, “As Mãos dos Pretos”, o autor aborda o racismo. Acompanhamos um menino querendo saber por que as palmas das mãos dos pretos são brancas.

Após receber respostas absurdas, recorre à sua mãe, que oferece uma explicação simbólica: Deus fez as mãos dos pretos brancas para mostrar que todas as obras humanas, independentemente da cor, são realizadas por mãos iguais. O conto reforça que o caráter de uma pessoa é definido por suas ações, não pela cor de sua pele.

Nhinguitimo

O sétimo conto, Nhinguitimo (que significa “vento forte que vem do Sul”), narra a resistência de proprietários nativos que cultivam em terras ignoradas pelos portugueses.

Porém, quando as autoridades coloniais decidem invadir essas terras, o narrador percebe sua inércia diante da opressão e conclui que algo precisa mudar.

O final acaba mostrando que não era mais possível aceitar passivamente toda a exploração do colonizador português, sinalizando o início de uma postura ativa contra o domínio colonial.

Sobre o autor

Luís Bernardo Honwana nasceu em 1942 na cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo) em Moçambique. Em 1964, ele se tornou um militante da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que tinha como propósito conseguir a independência em relação a Portugal, o que acabou levando-o à prisão por três anos. Enquanto estava encarcerado, escreveu o livro “Nós matamos o cão tinhoso!”, permanecendo encarcerado por três anos.

Estudou Direito na Universidade de Lisboa em 1970 e, após a Independência de Moçambique, foi alto funcionário do Governo e presidente da Organização Nacional dos Jornalistas de Moçambique.

Todas as leituras obrigatórias da Fuvest para os vestibulares de 2025 a 2029

Agora, saiba as leituras obrigatórias formuladas pela Fuvest para as edições de 2025 a 2029. Os títulos em negrito são referentes às obras inéditas em relação ao ano anterior do vestibular:

2025

2026

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2027

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2028

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2029

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • D. Casmurro (1899) – Machado de Assis
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • Nós matamos o cão tinhoso! (1964) – Luís Bernardo Honwana
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Incidente em Antares (1970) – Érico Veríssimo
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira 

Foto do post: Divulgação/Editora Kapulana

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Resumo do livro A Ilustre Casa de Ramires, leitura obrigatória da Fuvest 2025 https://enem.com.br/2024/12/11/a-ilustre-casa-de-ramires-resumo/ https://enem.com.br/2024/12/11/a-ilustre-casa-de-ramires-resumo/#respond Wed, 11 Dec 2024 20:00:00 +0000 https://dimgrey-loris-931685.hostingersite.com/?p=20308 A Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está A Ilustre Casa de Ramires, do escritor Eça de Queiroz. É essencial que […]

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Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) atualizou, no final do ano de 2023, a lista de leituras obrigatórias para os futuros vestibulares da USP (Universidade de São Paulo). Foram listadas as obras que serão abordadas nas provas de 2025 a 2029. Entre elas, está A Ilustre Casa de Ramires, do escritor Eça de Queiroz.

É essencial que os candidatos procurem ler, conhecer e estudar os livros com antecedência. Assim, para te ajudar na sua preparação para a prova do vestibular de 2025, compilamos um resumo completo sobre o livro de Eça de Queiroz. Ao final da leitura, confira também a lista completa das leituras obrigatórias selecionadas pela USP, de 2025 a 2029!

Resumo do livro A Ilustre Casa de Ramires

“A Ilustre Casa de Ramires” é um romance de caráter realista, escrito pelo português Eça de Queiroz, publicado em 1900, somente após a morte do autor. Na época de publicação da obra, existia em Portugal uma monarquia bastante enfraquecida e dois partidos políticos: o partido conservador, conhecido como os regeneradores, e o partido liberal e republicano, conhecido como o partido progressista.

O livro reflete sobre a identidade nacional portuguesa por meio de uma crítica social não tão explícita e explora os dilemas da nobreza decadente. Eça de Queiroz sintetiza, na jornada do personagem principal, as grandezas do passado histórico de Portugal, que outrora foi uma nação tão poderosa, e as fraquezas desse mesmo país, que no presente (final do século XIX) se encontra em grande decadência. O autor apresenta um retorno à aristocracia e ao colonialismo como forma de restaurar a glória do país.

Principais características

Por ser um romance realista português, essa obra narrativa é caracterizada pela análise psicológica dos personagens, pela presença do anti-herói, pela dessacralização da mulher, pela descrição mimética ao longo da narração e pelo uso do discurso indireto livre.

A história faz o cruzamento de duas narrativas: uma no presente e a outra no passado, que são intercaladas ao longo da obra. Logo, o livro conta com dois narradores, ambos em terceira pessoa onisciente: o narrador externo, que relata a jornada do protagonista, e o narrador interno, que conta a história dos antepassados da família Ramires.

Quem é Ramires?

O livro começa com o protagonista, o jovem fidalgo Gonçalo Mendes Ramires, que retorna às suas terras, no interior de Portugal após finalizar o curso de Direito em Coimbra.

Gonçalo é um personagem extremamente complexo, descrito como um homem amedrontado, leviano, covarde, mas com uma extrema bondade apesar de ser um grande oportunista. Ele fará de tudo – inclusive deixar seu caráter e sua moral de lado – para alcançar seus objetivos.

Apesar de pertencer a uma das famílias nobres mais antigas, sua renda era diminuta e a moral de sua casa (família) estava rebaixada. Ao retornar de Coimbra, ele reencontra não só os mesmos sufocos, mas também a monotonia provinciana de sempre.

Carreira política e escrita de história

Gonçalo, então, define como objetivo a construção de uma carreira política como forma de sair da sua condição de fidalgo decaído. Para isso, ele começa a escrever uma novela histórica sobre sua família, que se chamaria A Torre de Ramires, baseada em um poema escrito por um tio seu.

A novela acompanha Tructesindo Ramires e pretende reconstituir a história de sua família, que é muito antiga e teve participação nas origens da pátria portuguesa.

Seu amigo José Castanheiro, editor de uma revista a ser lançada em breve e chamada Anais de Literatura e de História, incita Gonçalo a escrever a história e promete publicá-la na revista. Castanheiro afirma que eles precisam reativar o conceito de pátria e fazer com que Portugal se torne novamente o grande país das glórias do passado.

Crise e mudança de rota

Apesar de não receber retorno financeiro, a publicação da novela tornaria Gonçalo famoso, difundindo seu nome por vários cantos de Portugal e proporcionando-lhe o reconhecimento de várias pessoas e políticos.

Nesse contexto, Ramires deixa de lado sua ética e sua moral para conseguir entrar no meio político, e ele vence as eleições para deputado. Conforme o tempo passa, Gonçalo Ramires começa a ter crises relacionadas à sua honra e honestidade.

Percebendo que o meio político não era exatamente o que ele desejava, o protagonista abandona seu cargo político e parte para o continente africano, onde se torna muito rico explorando terras. Quatro anos depois, Gonçalo retorna rico, bem estabelecido e como um novo homem. Assim termina a obra de Eça de Queiroz.

Sobre o autor Eça de Queiroz

José Maria Eça de Queiroz foi um escritor e diplomata português, nascido no dia 25 de novembro de 1845 e falecido aos 54 anos, no dia 16 de agosto de 1900. Ele estudou Direito na Universidade de Coimbra e é considerado um dos mais importantes escritores portugueses de todos os tempos.

O autor faz parte do movimento literário do realismo português. Algumas de suas obras são: O Crime do Padre Amaro (1875), A Tragédia da Rua das Flores (1878), O Primo Basílio (1878), O Mandarim (1880), A Relíquia (1887), Os Maias (1888), entre outras.

Todas as leituras obrigatórias da Fuvest para os vestibulares de 2025 a 2029

Agora, saiba as leituras obrigatórias formuladas pela Fuvest para as edições de 2025 a 2029. Os títulos em negrito são referentes às obras inéditas em relação ao ano anterior do vestibular:

2025

2026

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2027

  • Opúsculo Humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2028

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

2029

  • Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • D. Casmurro (1899) – Machado de Assis
  • João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
  • Nós matamos o cão tinhoso! (1964) – Luís Bernardo Honwana
  • Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • Incidente em Antares (1970) – Érico Veríssimo
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira 

Foto do post: Divulgação/Domínio Público

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