Atualidades para o ENEM 2017

Separamos as principais atualidades para o ENEM 2017:

60 anos da União Europeia

Em 2017, a União Europeia completa 60 anos. Apesar de ser o exemplo mais bem-sucedido de projeto de integração política e econômica entre países, ano passado, os britânicos resolveram deixar o bloco econômico, sendo o primeiro país a tomar a atitude.

Theresa May, primeira ministra britânica convocou eleições antecipadas para tentar fortalecer o partido Conservador nesse período transitório, porém, sofreu grande derrota e May certamente enfrentará dificuldades nas negociações do Brexit. Enquanto isso, Emanuel Macron foi eleito na França, presidente à favor do EU.

A verdade é que desde a crise, movimentos por uma reforma no bloco econômico são exigidos. Hoje, apenas 1/3 da população diz confiar no bloco. Muitos criticam as políticas migratórias por acharem que os estrangeiros competem por vagas em um mercado de trabalho já saturado. A guerra da Síria trouxe milhões de refugiados para o continente e os países responderam de forma diferente, aumentando ainda mais as desavenças dos membros da EU.

A União Europeia foi pensada no Tratado de Roma. Esta previa a criação de um mercado comum entre as nações membras, com a eliminação de barreiras comerciais. Para quem não sabe, além do mercado comum, que elimina tarifas alfandegárias, o bloco possui uma moeda comum, chamada Euro. Dezenove, dos 28 países membros a utilizam. Além disso, um dos maiores marcos da EU é o Tratado de Schengen, que permite a livre circulação de pessoas dentro dos países membros, com a crise do terror, isso passou a se tornar um problema para as nações. 26 países do bloco fazem parte deste acordo e mais 4 (Islândia, Noruega, Suíça e Liechtenstein). Por fim, o Tratado de Lisboa, é conhecido como uma Constituição Europeia, definindo a atuação das Instituições, como, o Banco Central e o Parlamento Europeu.

Quer saber mais sobre o Brexit? Leia aqui.

Estados Unidos

Em menos de um ano de mandato, Donald Trump já sofre investigação. Acredita-se que a Rússia tenha interferido nas eleições norte-americanas. A resposta do presidente foi afastar James Comey, diretor do FBI que liderava a investigação.

Trump é contra o livre-comércio e por isso retirou o país do Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica. Durante as eleições, o presidente colocou a China como um grande vilão, agora, deixou de lado as acusações e não tomou nenhuma medida.

O legado de Obama vai sendo deixado para trás, principalmente nos setores de saúde e meio ambiente. O Obamacare deve ser substituído e o Plano de Energia Limpa de Obama, que limitava emissões dos gases do efeito estufa, foi cancelado.

Além disso, a intolerância cresce no país, uma vez que Trump resolveu restringir à entrada de cidadãos de cultura muçulmana nos Estados Unidos. A política externa é agressiva, o presidente interveio na Guerra da Síria apoiando o bombardeio no país, após denúncia de armas químicas no local.

Leia mais sobre a Guerra da Síria aqui.

Rússia

Baixa aceitação dos presidentes Putin e Trump entre os países membros do G20.

Por falar em Trump, temos Putin. A Rússia tenta voltar de qualquer jeito a ser uma das potências mundiais. Quando a União Europeia tentava influenciar a Ucrânia, Putin anexou a Crimeia gerando um conflito que dura até agora. Além disso, a Rússia faz parte do conflito Sírio sendo à favor do ditador Bashar al-Assad.

O perfil do presidente russo não deixa a desejar, ex-espião da KGB, chegou ao poder pela primeira vez em 2000. Adora uma postura autocrática, restringe à liberdade de imprensa e oprime a oposição. Ultranacionalista, Putin virou símbolo e é admirado por diversos líderes da extrema direita, com isso, vem firmando acordos com partidos ultranacionalista.

Tudo isso não quer dizer que o país ande bem das pernas. Extremamente dependente da exportação de petróleo e gás, a Rússia apresentou uma desaceleração econômica quando o preço de suas matérias-primas principais entraram em declínio. Sanções econômicas impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos pioraram a situação do local.

Falando em Rússia, vale lembrar que a Revolução Russa completa 100 anos e é carta marcada na sua prova do ENEM. Leia mais sobre isso aqui.

Coreia do Norte

O país possui um regime comunista de partido único e não possui comunicação internacional. Com o fim da URSS, a situação do país só piorou. Para tentar relevância novamente, iniciou-se um programa nuclear local. A estratégia é conseguir benefícios com países economicamente grandes e intimidar qualquer um que tente intervir no regime local.

Foram ao todo 5 testes nucleares desde 2006, mas em 2017, eles tomaram uma repercussão maior. O governo Trump quer o fim do programa nuclear norte-coreano e ameaça um ataque preventivo, aumentando ainda mais a tensão entre as duas nações. Os Estados Unidos mantém o compromisso de defender o Japão e a Coreia do Sul, colocando pressão na China para tentar resolver a situação, já que são os únicos aliados do país.

Vale lembrar que o Tratado de Não Proliferação Nuclear permitia que apenas os países que possuíam arsenal nuclear antes de 1967 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França), pudessem mantê-lo, desde que não repassem essa tecnologia para outras nações.

Para ler a matéria completa sobre a Coreia do Norte, clique aqui.

Matriz de Transporte

Matriz de Transporte é o conjuntos de meios de transporte de pessoas ou objetos por meio terrestre, fluvial, aérea ou por dutos. A matriz é medida pelos volumes transportados. As concessões são a forma que o governo passa serviços de construção, reforma ou administração de rodovias, aeroportos e hidrovias para iniciativa privadas. As empresas investem e recebem algo em troca, por exemplo, cobrança de pedágios. No começo do ano, 4 aeroportos passaram a ser administrados por empresas privadas.

Transporte intermodal é a forma planejada de integrar e aproveitas diferentes meios. Levando em consideração volumes; distância; áreas de carga e armazenamento, de forma que sempre otimize os recursos e minimize os custos.

Apesar de ferrovias e hidrovias serem as maneiras mais indicadas para grandes volumes e distâncias, 60% das mercadorias são transportadas por rodovias. A falta de uma matriz eficiente traz prejuízo para os produtores e afeta a economia brasileira. Assim, nossos produtos se tornam caros externamente e não conseguem competir com os outros fornecedores.

Migrações

Em 2011, a crise migratória obrigou mais de 65 milhões de pessoas a fugirem de suas casas. O motivo foi o aumento dos conflitos no Oriente Médio. 60% dos refugiados do mundo são asiáticos e mais da metade desse número procura abrigo dentro do próprio continente. Porém, milhões procuram países europeus em busca de uma maior qualidade de vida, fazendo com que algumas nações fechassem literalmente suas fronteirais.

Vale lembrar que refugiados são migrantes que fogem por questões de segurança. A xenofobia, que é o medo de pessoas de uma cultura diferente, aumentou exponencialmente com as crises migratória e econômica. Isso fica claro em políticas nacionalistas que crescem nos Estados Unidos e em vários países europeus.

O Brasil não ficou fora dessa rota. Haitianos e Venezuelanos procuram o Brasil como refugiados. Em 2017, foi sancionada uma nova lei que facilita a migração deles para o país. Por outro lado, as migrações internas do país diminuíram, uma vez que houve uma descentralização das indústrias.

Violência

Triste ou não, a verdade é que o Brasil possui o maior número de homicídios do mundo. Só em 2015, foram 59.080 assassinatos. Nos últimos anos, esse número diminui nas cidades grandes e capitais. Por outro lado, ele aumentou em cidades médias e pequenas. Basicamente, a diminuição só aconteceu no Sudeste. As maiores taxas foram registradas no Norte e Nordeste. Em cada 10 mortes, 7 são negros, do sexo masculino e entre 15 e 29 anos.

As causas da violência são diversas, dentre elas estão: o crescimento acelerado da população, a urbanização desordenada, falhas na educação e o facilidade de acesso às armas. A polícia brasileira também chama atenção por possuir uma atuação agressiva. Só em 2015, 3.320 pessoas foram assassinadas em ações da polícia. O que gera o questionamento do uso abusivo da força letal para combate à violência.

IDH

O Índice de Desenvolvimento Humano mede o padrão da qualidade de vida nos países e considera três indicadores: saúde, renda e educação. A pontuação por país varia de 0 a 1. Logo, quanto mais perto de 1, melhor o IDH. São 4 categorias: muito alto desenvolvimento, alto desenvolvimento, médio desenvolvimento e baixo desenvolvimento humano. Vale ressaltar que o IDH não ilustra a desigualdade de distribuição de desenvolvimento humanos no país, para isso, há o IDH-D.

Em 2015, o Brasil possuiu um resultado de 0,754, ficando em 79º lugar e compondo a

Fonte: PNDU

categoria Alto Desenvolvimento. O resultado por índice foi: expectativa de vida aumentou de 74,5 para 74,7 anos; os anos de estudo aumentou de 7,7 anos para 7,8 anos; a renda caiu de 14.858 para 14.145 dólares. Se for calculado o IDH-D, o Brasil cai em 19 posições e fica com o IDH-D de 0,561. O topo do ranking é ocupado pela Noruega com um índice de 0,949. A última posição fica com a República Centro-Africada que possui IDH em 0,352.

Doenças

Doenças não transmissíveis podem ocorrer por estilo de vida, genética e envelhecimento. As mais recorrentes são cardiovasculares (ataque cardíaco, AVC, etc), câncer, diabetes e respiratórias. DNT são responsáveis, anualmente, por 70% das mortes em todo o mundo.

As causas variam, porém, as mais comuns são tabaco, excesso de álcool, sedentarismo e consumo excessivo de sal, açúcares e gordura. A obesidade também preocupa mundialmente.  Em 2014, 13% da população mundial possuía excesso de gordura corporal (de acordo com a idade e altura). Em 10 anos, o Brasil passou de 11,8% de casos para 18,9%. A obesidade preocupa pois é um fator de risco para doenças fatais, diabetes e AVCs.

Apesar de doenças transmissíveis como a aids e a tuberculose ainda estarem presentes em países de baixe e média renda, as DNT começam a ser mais presentes nesses locais. Isso pode ser consequência da urbanização, aumento da expectativa de vida e fatores sociais. No Brasil, esse é o principal motivo de mortes, em 2015, 75,8% das pessoas morreram devido a doenças não transmissíveis, dentre elas, 40,9% são as cardiovasculares.

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