Para entrar no ritmo do Enem, hoje, vamos falar sobre os três assuntos de História mais cobrados no exame. Animados?
Brasil Colonial
O Brasil colônia é o período entre 1500, descobrimento do país, até a vinda da família real portuguesa, em 1808. De 1500 até 1530, foi o momento de contato dos portugueses com a população indígena. Os europeus passaram a ter os mais diversos pensamentos sobre nossa terra desde a demonização até imagens paradisíacas. Foi no momento inicial também, que se deu a exploração do pau-brasil. Em 1530, foi estabelecido o Governo Geral, que deu ao Brasil sua primeira estrutura econômica. Ao mesmo tempo, os bandeirantes iam adentrando o território brasileiro e aumentando a influência portuguesa no local.
Foi durante o Brasil colônia que o ciclo econômico do ouro se deu, principalmente, em Minas Gerais. Além disso, surgiram vários movimentos separatistas, como: Revolta de Beckman e Inconfidência Mineira.
(ENEM-2001) Os textos referem-se à integração do índio à chamada civilização brasileira.
“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente.A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus.(…) É preciso congelar essas idéias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas.(…) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes.”
Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994.
“O Brasil não terá índios no final do século XXI (…) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.
Pode-se afirmar, segundo os textos, que
a) Tanto Terena quanto Jaguaribe propõem idéias inadequadas, pois o primeiro deseja a aculturação feita pela “civilização branca”, e o segundo, o confinamento de tribos.
b) Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país, enquanto a idéia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios.
c) Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil.
d) Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios e Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira.
e) Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e progressiva, e Jaguaribe propõe que essa integração resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas.
GABARITO: D
Império
Este foi o período de 1822 até 1889. Em 1822, foi ano que o Brasil se declarou independente, e assim, o período foi divido em Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado. O Primeiro Reinado foi quando o Brasil deixou de ser uma colônia e abrigou a família real portuguesa. Período Regencial foi quando Dom Pedro I abdicou o trono e D. Pedro II, menor de idade, teve que tomar o poder. O Segundo Reinado teve Dom Pedro II no poder e foi o momento onde o país passou por várias transformações econômicas e culturais.
(ENEM-2013)
MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em 14 jun. 2010. (Foto: Enem)
FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998.
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente:
a) Habilidade militar – riqueza pessoal.
b) Liderança popular – estabilidade política.
c) Instabilidade econômica – herança europeia.
d) Isolamento político – centralização do poder.
e) Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa.
GABARITO: B
Primeira República
Este período teve início no fim do império, em 1889, e foi até a Revolução de 30. Inicialmente, tivemos a posse do presidente Prudente de Moraes, já em 1894, o cargo passou a ser de militares, sendo o primeiro, Marechal Dedodoro da Fonseca. Um marco nesse período foi a constituição de 1891. Esta adotou o presidencialismo e o federalismo como forma de organizar o Estado. Outro ponto importante do período, foi a política do Café com Leite, onde alianças entre os estados de São Paulo e Minas Gerais os faziam alternar quem estaria no poder. Além disso, foi na república velha que surgiu o coronelismo. Em 1914, a república entrou em declínio, o café não era mais um produto forte e a crise mundial de 1929 também afetou o Brasil. O fim foi marcado por um golpe militar.
(ENEM-2011)
Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira Republica? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a historia do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Ed. USP, 2004 (adaptado).
A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.
TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930.
Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
Para a caracterização do processo político durante a Primeira Republica, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
a) A riqueza gerada pelo café dava a oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos a presidência, sem necessidade de alianças.
b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período.
c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.
d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias.
e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.
GABARITO: C
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