A preparação para um vestibular não representa apenas o ingresso em uma instituição de ensino superior, mas também a participação na ciência nacional. As universidades brasileiras são o maior centro de produção científica do país. Independente da área de pesquisa, a graduação contribui, em uma escala geral, para a constituição de uma classe intelectual muito importante tanto para o mercado de trabalho, quanto para o país em si.
Por muitas vezes, essa importância da produção científica nacional passa desapercebida em noticiários e por outras, inclusive, menosprezada pela crença de que “tudo que vem de fora é melhor”. Nesse momento de crise do sistema de saúde pela qual estamos passando, por exemplo, foi uma universidade pública que desenvolveu um ventilador pulmonar que pode ser produzido em larga escala para suprir a defasagem de instrumentos de respiração.
Além de questões pontuais como a demonstrada anteriormente, é importante que tanto a opinião pública quanto o Estado valorize a produção científica nacional, porque é ela que representa a mão de obra qualificada de um país. Em um cenário de falta de investimento na ciência nacional, a fuga de mão de obra especializada para o exterior pode gerar uma defasagem muito significativa no mercado de trabalho e consequentes impactos na economia.
Infelizmente, por outro lado, a ciência é um investimento fácil de ser cortado, porque as consequências dessas medidas só são visíveis a longo prazo. Logo, hoje, colhemos os frutos dos investimentos em ciência de décadas atrás e o resultado do hoje só será visível daqui a algum tempo.
Mas por que é importante um vestibulando saber disso tudo? Primeiramente porque o vestibular é um portal de passagem para esse universo e é importante saber valorizá-lo por isso. Já em termos dos próprios vestibulares, é uma questão bem atual a ser debatida e a abordagem dessa temática já se mostrou presente em vários exames, inclusive no ENEM.
Por fim, é importante ressaltar que a valorização do meio científico também não deve se restringir a apenas uma área de atuação. Humanas, Naturezas, Exatas e Linguagens, por mais que apresentem diferentes meios e instrumentos de abordagens, possuem a mesma relevância na construção de um intelecto próprio de um país e de seu mercado de trabalho especializado.
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