Recentemente, a série The Good Place ganhou o seu final, emocionando todos os fãs. Além de nos fazer rir, a série traz diversas discussões filosóficas muito interessantes a respeito da moralidade e do pós-vida ao relacioná-las com teorias de grandes filósofos da história. Mas então, vamos esmiuçar um pouco mais a filosofia de The Good Place.
Por meio do personagem Chidi e seus ensinamentos aos demais personagens, a série nos leva a viajar por teorias de Aristóteles, Kant e os Utilitaristas. Mas o que dizia cada um? Seus estudos principais dedicavam-se a entender a ética das ações humanas e, para os personagens, estudá-los é fundamental para conseguirem aquele lugarzinho no Good Place (“Lugar Bom”).
O que faz com que os personagens se vejam em encurraladas é a discordância entre esses filósofos. Vamos pegar a mentira como exemplo. Mentir é errado? Para Kant, sim, independente de sua validade, a mentira é moralmente condenada e deve ser evitada em todos os casos. No entanto, Aristóteles já se preocupava com a finalidade das ações humanas, logo, mentir só seria errado se não buscasse o melhor bem. Já o Utilitarismo, corrente filosófica do século XIX, defende um cálculo pragmático a respeito da mentira. Antes de mentir, o indivíduo deve analisar os bônus e os ônus da mentira e, caso o bônus seja maior, a mentira deve ser adotada e vice e versa.
Além disso, a série também traz, revestida de humor, discussões a respeito do livre arbítrio das ações humanas. Em diversos momentos da série, o debate determinismo divino e liberdade dos atos terrenos se faz presente ao também trazer em pauta o diálogo com algumas religiões.
A riqueza de The Good Place está longe de ser restrita em seu humor. Os debates filosóficos escondidos nos roteiros misturam lazer com aprendizagem a respeito de filosofia de uma maneira muito interessante. Sem dúvidas, vale muito a pena dar aquela conferida nas escapadas da rotina de estudo.
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