Pra algumas religiões, o final de ano também representa a data comemorativa do Natal – dia 25 de dezembro. O Natal em si possui diversos significados para diversas outras religiões e inclusive para segmentos específicos dentro de uma mesma crença. Por isso, decidimos explicar um pouco os diversos simbolismos que a figura de Jesus possui para algumas – claro, seria impossível tratar de todas devido ao imenso número – religiões ao redor do mundo e no próprio Brasil.
Cristianismo
Em uma cultura ocidental que a maioria de nós estamos inseridos, a figura de Jesus normalmente vem acompanhada de “Cristo”. Assim sendo, Jesus Cristo para os cristãos é o filho de Deus, o criador de tudo e todos, porém segundo a teologia da Santíssima Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são os denominados “três em Um”. Ou seja, a representação de Deus se dá nessas três instâncias.
Islamismo
Há uma certa crença popular que o Islamismo, o Cristianismo e o Judaísmo sejam religiões parentais por terem um denominador comum que foi Abraão, porém para muitos, esse pensamento é um pouco desvirtuante. No entanto, isso não anula o fato de Jesus também estar presente na crença islâmica, porém como mais um dos profetas de Alah (Deus maior e único), que por sua vez, teria profetizado a vinda de Maomé – o último profeta. É bom ressaltar também que para o Islamismo, só existe um Deus possível a ser louvado, Alah. Por isso, a figura dos profetas é de extrema importância, porém não suscetíveis a adorações em termos de idolatria.
Judaísmo
O Judaísmo não reconhece a figura de Jesus como santidade, mas sim como um judeu – e assim o era – bastante influente em seu período. Logo, assim como o Islamismo, a figura de Jesus não é suscetível à idolatria.
Umbanda
O sincretismo religioso que se protagonizou no Brasil durante toda a sua história escravista e do pós-abolição acabou por gerara diversos diálogos de crenças africanas com o Catolicismo. A representação de cada Orixá em um Santo católico apresentou-se como uma maneira de sobrevivência para as crenças de matrizes africanas. Por isso, para a Umbanda, uma religião genuinamente brasileira, Jesus é o equivalente a Oxalá, o criador.
A figura de Jesus, em termos históricos, por mais que sua santidade seja dependente de cada fé que cada um tiver, possui uma relevância histórica muito grande. Em termos filosóficos, as heranças das ideias e atos de Jesus influenciaram – independente da fé – a história do mundo como um todo.
Essa matéria teve como objetivo mostrar as diversas representatividades que a figura de Jesus tem. Nós do QG sabemos que devido aos diversos segmentos que dentro de uma própria religião possa existir, alguns desses conceitos tenham outras versões, porém, de maneira geral, gostaríamos de apresentar (nem que seja simplificadamente) essa heterogeneidade da figura histórica de Jesus.