A Crise dos Imigrantes na Europa

Estamos vivendo a mais grave crise dos imigrantes,isto é, mais de 350.000 pessoas deslocaram-se de países islâmicos, sobretudo da Síria e da Líbia, em direção à Europa. Os imigrantes geralmente chegam à Europa pela Grécia ou pela Itália e, de lá, muitos tentam chegar à Alemanha. O país mais prospero da União Européia (Alemanha) recebeu no ano passado 441,8 mil solicitações de asilo, o equivalente a 35% do total do bloco. Em seguida aparecem Hungria (174,4 mil), Suécia (156,1 mil) e Áustria (85,5 mil).

O que tem provocado todo esse surto imigratório?

A guerra civil que ocorre na Síria começou em março de 2011 com o levante contra o regime de Bashar al-assad, durante a insurreição da Primavera Árabe, período em que as populações de países árabes, como Tunísia, Líbia e Egito se revoltaram contra os governos de seus países. O levante começou com manifestações pacíficas, mas, a partir de agosto, a violência se intensificou e brigadas rebeldes foram formadas para enfrentar forças do governo pelo controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e a Aleppo, segunda cidade do país, em 2012. Leia aqui sobre a Guerra Síria.

Ainda em 2012, a Cruz Vermelha e a ONU classificaram os conflitos como guerra civil, o que levou a cobrança da aplicação do Direito Humanitário Internacional e a investigação de crimes de guerra.

O Estado Islâmico (EI) se aproveitou da situação para tomar controle de grandes áreas na Síria e no Iraque, proclamando a criação de um “califado” em junho de 2014. Na tentativa de enfraquecer o EI, o EUA lideraram ataques aéreos na Síria, mas ataques que poderiam beneficiar as forças de Assad foram evitados.

Desde essa época, muitas pessoas saíram da Síria em direção aos países muçulmanos vizinhos, como Líbano, Jordânia e Turquia e os países do Golfo Pérsico, como a Arábia Saudita. Não faz muito tempo, esses países vêm restringindo a entrada desses imigrantes, que estão partindo em direção ao leste e ao sul da Europa.

Muitos questionamentos são levantados sobre esse fluxo imigratório. Um deles diz respeito a taxa de desemprego em países como Grécia e Espanha que ainda estão se recuperando da crise econômica que atingiu o continente em 2008. Os imigrantes são vistos como concorrentes na disputa pelas poucas vagas no mercado de trabalho. Outro questionamento diz respeito ao choque cultural, o governo de países como a Hungria resiste em permitir a entrada desses imigrantes, justificando que é preciso defender as raízes e os valores cristãos da Europa. Diante desse quadro, muitos imigrantes acabam vivendo isolados, na periferia das grandes cidades europeias.

A atual crise imigratória é um dos temas mais quentes da atualidade. Em 2015, ganhou grande destaque na mídia, então, não deve deixar de ser cobrado no Enem e vestibulares.

Assista a aula sobre o assunto:

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