O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá passar por algumas alterações a partir do ano que vem. A presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Maria Inês Fini, declarou que estas novas medidas fazem parte de um pacote elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) para diminuir os custos da prova, que passaram de R$ 650 milhões neste ano.
Treineiros
Os estudantes do ensino médio conhecidos como “treineiros”, por realizarem a prova somente para praticarem, não poderão mais realizar o processo neste novo modelo do Enem. Entretanto, estes candidatos terão direito a participar de um simulado nacional antes do exame, que poderá servir como uma nova forma de treino.
Isenção da taxa
Além das mudanças em relação aos “treineiros”, os candidatos que solicitarem a isenção da taxa de inscrição mais de três vezes estarão vetados deste benefício na quarta tentativa.
Certificação do Ensino Médio
O novo modelo do Enem não deve mais servir para certificar a conclusão do ensino médio, como acontece atualmente para os candidatos que desejam obter o certificado. A intenção, segundo a presidente do Inep, é fazer com que as certificações sejam concentradas no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), que já é aplicado atualmente.
Reforma curricular
O Inep também está estudando formas de adequar o Enem à reforma do ensino médio, que consta na medida provisória 746/2016, ainda em discussão. Esta medida prevê que parte da carga horária do ensino médio seja voltada para um aprendizado comum, além de oferecer ao estudante a opção de escolher entre cinco itinerários formativos: linguagens; matemática; ciências da natureza; ciências humanas; e formação técnica e profissional.
Todas essas mudanças ainda não estão confirmadas e, em janeiro, o Ministério da Educação (MEC) deverá lançar uma consulta pública sobre o novo modelo do Enem.