Toda segunda-feira liberamos um novo tema de redação para nossos alunos praticarem. Nesta semana, o tema em questão é: “O déficit habitacional na sociedade brasileira“. Para ter acesso à correção, adquira qualquer um dos nossos pacotes que contenham o Curso Completo ou Redação na Prática! Confira aqui.
Texto I
“Gentrificação” no Vidigal pressiona preços dos imóveis
Medo da perda de identidade
“Nós tentamos explicar para as pessoas que nem tudo na vida é dinheiro”, diz Marcelo da Silva. Por isso ele organizou um ciclo de debates chamado Fala Vidigal. Durante quatro noites, os moradores da comunidade se reúnem para falar sobre os problemas causados pelos preços em alta e pelos novos moradores. Os dois primeiros eventos atraíram cerca de 200 pessoas.
“Gentrificação” é o nome dado pelos especialistas a esse processo: pessoas de maior poder aquisitivo se mudam para o bairro, obrigando que os moradores originais, de renda mais baixa, tenham que se retirar. É um fenômeno antigo e acontece em cidades ao redor do mundo: Berlim, Nova York, Londres e, agora, Rio de Janeiro.
Mas não só os altos preços preocupam Marcelo. “Estamos com medo de que nossa comunidade perca sua identidade.”
Mansão de luxo na favela
A gentrificação já ocorre há tempos no Vidigal. Na rua que começa diretamente na porta da casa de Glenda, é possível vê-la bem claramente. Depois de passar por um fusca queimado e muros sem reboco, vê-se uma casa enorme, com uma varanda protegida por vidro e paredes de uma brancura reluzente. Caminhando um pouco mais adiante, muros altos e uma cancela impedem a vista para o mar.
Está surgindo uma sociedade paralela no meio da favela. O melhor exemplo, segundo Glenda, que mora no Vidigal há 24 anos, são as festas. Nos fins de semana, o Vidigal se transforma num verdadeiro point. Turistas e gente com mais dinheiro sobe até o topo do morro para frequentar festas. Glenda e seus amigos não vão nesses eventos. “A entrada para as festas é sempre muito cara. Nós não temos dinheiro para isso”, diz, acrescentando que também não conhece ninguém lá, porque quase todos são pessoas de fora. (…)
Texto II
Em 2009, o déficit habitacional no país era estimado em 5,7 milhões de domicílios e, em 2012, esse caiu para 5,2 milhões. Em algumas frentes, a redução foi ainda mais acentuada. É o caso da coabitação – situação em que vários membros da família dividem a mesma casa por falta de opção -, que teve redução de 24,1% no período, e da habitação precária, casos de comunidades que não possuem infraestrutura básica como água ou esgoto, por exemplo. Nessa faixa, a redução do déficit foi de 19%.
(…)Apesar dos avanços, no entanto, os desafios continuam crescendo com a população. Para zerar o déficit habitacional, serão necessários investimentos de R$ 760 bilhões em habitação pelos próximos dez anos, o equivalente a R$ 76 bilhões por ano. É esse o valor calculado para a construção de 1,1 milhão de novas casas a cada ano.
Texto III
Minha Casa Minha Vida por região
Texto IV
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O déficit habitacional na sociedade brasileira, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
Instruções
– O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
– A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.
– A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.
– A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.
– A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.