Dia 20 de julho é o dia do amigo. Pensando nisso, o QG reuniu alguns amigos históricos, passamos por amizades pautadas em admiração, apoio incondicional e drama. Curiosos? Então, vamos aos casos:
Sócrates e Platão
Quase tudo que sabemos sobre Sócrates, aprendemos através de um de seus alunos, Platão. Até onde sabemos, Sócrates não deixou nada por escrito. Já Platão, foi o único aluno que esteve presente no julgamento do professor e, pautado nisso, escreveu uma das obras mais importante do seu mestre: Apologia de Sócrates. Esta apresenta o discurso de defesa de Sócrates no seu julgamento.
Quase tudo escrito por Platão é posterior a execução de Sócrates, o que nos mostra quão inspirador foi o mestre para o pupilo. Fora o julgamento, o filósofo escreveu mais três livros baseados nos ensinamentos do seu professor: Eutífron e Críton (o dever). O primeiro trata de um diálogo imaginado entre Sócrates e Eutífron sobre piedade. Já o segundo, fala sobre a aceitação de Sócrates sobre sua pena de morte, por mais injusta que parecesse.
Marx e Engels
Marx e Engels se conheceram em um café em Paris. Rapidamente os dois se tornaram grandes amigos, amizade essa que durou até o final de suas vidas. A troca de ideias sempre foi muito forte, por exemplo, Marx adotou ideias de Engels para sua própria filosofia. Engels permaneceu em Paris só para ajudar Marx em sua próxima obra. A amizade era tão forte que quando Marx foi expulso da França e se mudou para Bélgica, Engels foi até lá para continuar ajudando em suas teorias. Marx foi ainda morar na Inglaterra e, apesar de muitas dificuldades, Engels foi ao seu encontro. Mas antes, passou em Manchester, onde seu pai possuía bens. Assim, Engels pôde financiar a obra “O Capital” de Marx. Vale ressaltar que Engels não gostou do livro, mas mesmo assim, o financiou. Em 1870, os dois passaram a morar juntos em Londres até a morte de Marx em 1883. A amizade era tão intensa, que Engels assumiu a paternidade de um filho bastardo de Marx.
Henrique VIII e Thomas More
Thomas More estudou direito e foi crescendo muito na sua vida política. Em 1593, ele acompanhou o Lorde Chanceler da Inglaterra em uma missão diplomática fora do país. Depois disso, o Lorde fez questão de apresenta-lo para o rei, Henrique VIII, o que acabou gerando uma relação muito mais íntima que política. Assim, More se tornou o conselheiro e secretário pessoal do rei, além de dar discursos oficiais para o público, entre outras funções. A confiança entre eles era tão grande, que More se tornou o advogado oficial do rei diante do parlamento.
A amizade era tão forte, que More foi escolhido pelo rei como Lorde Chanceler da Inglaterra. Uma relação como essa tinha tudo para dar certo, mas quando Henrique VIII se nomeou chefe supremo da Igreja da Inglaterra, as coisas desandaram. Thomas More era católico fervoroso e não aceitava nenhum outro chefe supremo a não ser o papa. Depois de muita polêmica, seu melhor amigo, acabou o condenando à morte por traição.