Atualmente falamos na crise econômica de 2016, não como uma possibilidade, mas como uma continuação piorada da crise que se abateu sobre o país este ano. Recessão, inflação em alta, aumento do desemprego e dívida elevada fazem parte do atual cenário da economia brasileira. A seguir, explicaremos o que está ocorrendo com a economia do nosso país.
Desde o acirramento da crise financeira mundial, que eclodiu em 2008, o governo federal lançou desenvolveu diferentes estratégias a fim de conter as possíveis consequências na economia brasileira. O governo cortou impostos, incentivou a liberação de crédito pelos bancos públicos para financiar o desenvolvimento, reduziu as taxas de juros, dentre outras ações. A adoção dessas medidas não deixou a economia perder o fôlego e o Brasil cresceu acima da média mundial.
A crise econômica global durou mais tempo do que os economistas previam e continuou avançando. A queda brusca no preço das commodities, causada pelo menor ritmo de expansão da China, refletiu sobre a economia brasileira, dependente da exportação de produtos como soja e minério de ferro.
Diante do prolongamento da crise, medidas para estimular a produção e o consumo foram mantidas, contudo os gastos do governo cresceram mais, enquanto a arrecadação com impostos e tributos diminuiu, impactando as contas públicas. A dívida em alta, fez com que investidores externos parassem de investir no Brasil, deixando o país sem recursos para estimular o crescimento.
Diante desse cenário, o ano de 2015 ficou conhecido como o ano do ajuste fiscal, pois o governo fez cortes no orçamento, restringiu benefícios e aumentou impostos e tributos.
A questão é que o corte de gastos abalou a economia amplamente. Por exemplo, quando o investimento em obras de infraestrutura é reduzido – como geração de energia, transportes, telecomunicações e setor de água e esgoto – causa a queda na arrecadação de impostos. Afinal, essas medidas para reduzir as despesas acabam paralisando vários setores produtivos, causando o fechamento de empresas e aumento no desemprego.
Para conter a inflação, o Banco Central elevou progressivamente a taxa básica de juros, também conhecida como Selic. Esta encarece o valor de todo dinheiro tomado emprestado no país, levando as pessoas a consumirem menos e as empresas a investirem menos no país.
A elevação dos juros deixa o quadro recessivo mais complicado, pois encarece os empréstimos bancários, inibindo pessoas e empresas a fazerem empréstimos bancários para fazer investimentos ou compras. Vale ressaltar, que a elevação da taxa básica aumenta os juros da dívida pública.
Esse quadro reflete no desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) que é a principal medida usada para avaliar o tamanho de uma economia e compará-la com outras.
Dizemos que um país está em recessão técnica quando o valor do PIB cai por dois trimestres seguidos. No caso do Brasil, o PIB está em queda por cinco trimestres consecutivos. Quais são os fatores que estão causando a queda do PIB? As pessoas estão gastando menos com produtos e serviços, o governo está contendo gastos, as empresas estão investindo menos e a exportação diminuiu, todos esses fatores impedem o crescimento do PIB.