A intenção de unificar a língua portuguesa entre os países em que ela é o idioma oficial é antiga. Em 1931, foi realizado o primeiro acordo ortográfico entre a Academia Brasileira de Letras e a Academia de Ciências de Lisboa com o propósito de reunificar a ortografia da língua portuguesa, depois da cisão provocada pela Reforma Ortográfica de 1911 em Portugal. Contudo, ele acabou não sendo efetivado na prática. Em 1945, a Convenção Ortográfica Luso-Brasileira foi adotada em Portugal, mas não no Brasil.
Em 1986, foi consolidado o documento “Bases Analíticas da Ortografia Simplificada da Língua Portuguesa de 1945” entre os sete países de língua portuguesa (Timor-Leste não pôde ser incluído na lista, pois se tornaria independente apenas em 2002). Na prática, as bases analíticas não chegaram a ser implementadas.
Em 1990, a Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras se comprometeram a unificar a grafia da língua entre os países de língua portuguesa. De qualquer forma, o acordo ainda não podia entrar em vigor.
Agora é obrigatório: a partir de 1º de janeiro de 2016, o novo acordo ortográfico é o único formato da língua reconhecido no Brasil. O acordo vigora desde 2009. Agora, vamos a mais uma regra sobre palavras terminadas em êem e ôo:
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo (s).
Como era | Como fica |
abençôo | abençoo |
crêem (verbo crer) | creem |
dêem (verbo dar) | deem |
dôo (verbo doar) | doo |
enjôo | enjoo |
lêem (verbo ler) | leem |
magôo (verbo magoar) | magoo |
perdôo (verbo perdoar) | perdoo |
povôo (verbo povoar) | povoo |
vêem (verbo ver) | veem |
vôos | voos |
zôo | zoo |