Na semana passada, começamos a traçar o perfil da Guerra Síria que começou há 5 anos. Montamos uma linha do tempo em dois posts, clique aqui para ler a primeira parte.
Leia aqui a continuação:
JANEIRO 2013
O oriente médio fica dividido entre: em geral sunitas dando apoio aos rebeldes e xiitas do outro lado, apoiando Assad.
ABRIL 2013
A administração do governo de Obama se espanta com as atrocidades de Assad. Assim, manda uma ordem secreta autorizando a CIA (Agência Central de Inteligência) a treinar e equipar os rebeldes. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos, silenciosamente, instigam os países do Golfo Pérsico a pararem de financiar os extremistas, mas o pedido é ignorado.
AGOSTO 2013
Assad usa armas químicas contra civis. Imediatamente, os EUA e a Rússia também se pronunciam.
Agora, a Síria vira um grande jogo de força e poder. Estados Unidos contra Assad e a Rússia apoiando o ditador.
Finalmente, os agentes da CIA entram em contato com os rebeldes sírios.
2014
Os afiliados da Al-Qaeda no Iraque se desentendem por questões da Síria e criam um novo grupo: O Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS). Assim, a Al-Qaeda passa a ter um novo inimigo.
O ISIS não luta contra Assad. Eles lutam contra os outros rebeldes e os curdos. O grupo cria um mini estado dentro da Síria chamado: Califado. O Estado Islâmico começa a marchar pelo Iraque tomando territórios e estimulando pessoas a se juntarem a eles.
O Pentágono (EUA) começa seu próprio programa para treinar os rebeldes sírios, mas dessa vez, não para combater Assad, e sim,o ISIS.
2015
A Turquia bombardeia grupos curdos no Iraque e até na própria Turquia. Independentemente de os curdos estarem atacando o ISIS na Síria. A Turquia não bombardeia o ISIS.
Como os EUA não tem uma definição clara se lutam contra Assad ou ISIS, os curdos ficam confusos sobre o posicionamento do país.
Durante todo esse tempo, Assad só perde sua força. Assim, em setembro, a Rússia intervém em seu favor dizendo que vai atacar o ISIS, mas na verdade ataca os rebeldes que são contra Assad, incluindo os soldados americanos que foram enviados para a Síria.
São muitos grupos e países envolvidos. Os próprios aliados não sabem ao certo quem é o principal inimigo e o que fazer exatamente. Essas contradições deixam um pouco mais claro os motivos pelos quais a guerra síria não chega a um fim.
As consequências dessa guerra são gigantescas e envolvem muito mais países do que os citados. A crise migratória na Europa atingiu níveis não esperados. Assista à aula sobre o assunto tratado em um âmbito mais abrangente do tema com os professores Orlando Stiebler e Achiles Lemos: