A história é bem complicada mesmo, por isso, resolvemos simplificar e te mostrar a linha do tempo da guerra da Síria que, infelizmente, já dura 5 anos. Para que você absorva todas as informações, o post será feito em duas partes. Uma hoje e uma na semana que vem.
A guerra síria é realmente confusa. Depois de 5 anos de guerra, o conflito se tornou entre 4 grupos: o ditador Assad, o Estado Islâmico, os Curdos e os rebeldes. Cada grupo possui aliados de diferentes países.
A questão é que mesmo os aliados estrangeiros estão meio confusos sobre quem estão apoiando. Enquanto o Assad é apoiado pelo Irã, Rússia e a organização Hezbollah; os Estados Unidos acabaram dando um apoio tanto para os Curdos quanto para os rebeldes. Além, deles, os rebeldes ainda contaram com o apoio dos países do Golfo Pérsico, da Turquia e da Jordânia.
Para entender esse cruzamento de intervenções e as linhas de poder que movem tudo, é fundamental analisar desde o começo:
MARÇO 2011
Primeiros tiros disparados pelo ditador Bashar Al-Assad contra os manifestantes da
Primavera Árabe.
JULHO 2011
Alguns manifestantes começaram a atirar de volta. Algumas tropas de Assad começaram a abandonar o exército e a se juntar aos manifestantes, formando assim, o Exército Sírio de Libertação (Rebeldes).
ENTRE AGOSTO E DEZEMBRO 2011
Início da guerra civil. Extremistas da Síria e das regiões ao redor se juntaram aos rebeldes. Assad acabou ajudando nesse caso, porque libertou prisioneiros Jihadistas para atiçar os rebeldes com extremismo, pensando que seria mais difícil para eles conseguirem apoio estrangeiro.
JANEIRO 2012
Al-Qaeda montou um novo braço na Síria: Jabhat al-Nusra. Ao mesmo tempo, Curdos sírios pegam em armas e se voltam contra Assad.
ENTRE FEVEREIRO E JULHO 2012
Assim, a Síria virou uma guerra por procuração (conflito armado, em que outros países estão envolvidos, mas não lutam diretamente entre si):
– Irã, um dos aliados mais importantes de Assad, intervém em seu favor. No final de 2012, o Irã passou a mandar diariamente aviões com centenas de soldados.
– Ao mesmo tempo, os países árabes do Golfo Pérsico começam a mandar armas e dinheiro para os rebeldes pela Turquia. Isso para bater de frente com a influência do Irã.
JULHO 2012
Irã tenta reforçar sua influência colocando o grupo Hezbollah (grupo libanês xiita financiado
pelo Irã) para lutar ao lado de Assad. Em resposta, os países do Golfo Pérsico mandam ainda mais armas e dinheiro para os rebeldes, dessa vez passando pela Jordânia, que também é contra Assad.