Zika Vírus é uma doença viral aguda, transmitida pelos mosquitos aedes aegypti, aedes albopictus e outros tipos de aedes. Os sintomas são semelhantes ao da dengue, ou seja, pintas, dores e coceira pelo corpo. Dois pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) identificaram a doença. Gúbio Soares e Silvia Sardi acreditam que o vírus chegou à Bahia por causa da Copa do Mundo de Futebol, realizada em 2014 no Brasil.
A identificação do vírus ocorreu após os pesquisadores trabalharem por cerca de 20 dias em amostras de sangue de pacientes de Camaçari, cidade da região metropolitana de Salvador (BA). Segundo Gúbio, o Zika Vírus não é tão grave quanto a dengue, pois não leva o paciente à morte. Além dos sintomas parecidos com a dengue, o paciente pode apresentar sinais de conjuntivite.
Não há vacina nem tratamento específico para a doença. De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas devem ser tratados com o uso de paracetamol ou dipirona. Assim como na dengue, o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) deve ser evitado por causa do risco aumentado de hemorragias. Vale ressaltar que os sintomas duram cerca de 12 dias até desaparecerem.
Outro ponto relevante é que a relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundo pelo Ministério da Saúde brasileiro. A prova crucial foi um teste realizado no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde no Pará, que detectou a presença do vírus da zika em amostras de sangue coletadas de um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo.
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar para diminuir o risco de contrair a doença. Uma delas é evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros.
Como a situação é muito recente, ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levam à microcefalia e qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Dessa forma, é importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia.