A USP (Universidade de São Paulo) deu no que falar. Após o encerramento do Sisu 2016, foi divulgado que 11 cursos da universidade não tiveram nenhum inscrito para as vagas disponibilizadas. Este ano, foi o primeiro em que a instituição reservou vagas para o Sisu. Foram 1.499 vagas. Nos cursos sem inscritos, não havia ao menos nota de corte. Isso aconteceu pois a USP definiu por curso notas mínimas que deveriam ser alcançadas em cada uma das provas do Enem. Logo, se o estudante tivesse alguma nota menor do que a indicada, o sistema automaticamente vetava a candidatura.
Exemplo disso, foi o curso de Odontologia. Foram disponibilizadas 8 vagas, mas até o fechamento do Sisu, não havia 8 estudantes inscritos. A exigência para este curso, era uma nota mínima de 700 pontas em cada prova do exame (matemática, linguagens, redação, ciências humanas e ciências da natureza). Isso se repetiu em outros cursos, como: Engenharia Florestal, Engenharia Agronômica e Gestão Ambiental.
A USP reservou as vagas de entrada pelo Enem para quem estudou em escola pública durante todo o ensino médio. Porém, devido ao grau de exigência da nota mínima em cada prova do exame, acabaram faltando inscritos para as vagas ofertadas. Alguns cursos possuíam uma nota mínima mais baixa, como por exemplo Ciências da Natureza. A nota mínima para se inscrever era de 600 pontos, mas mesmo assim, as vagas disponibilizadas para entrada pelo Enem não foram todas preenchidas. A história se repete em outros cursos.
Após a situação catastrófica, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante afirmou: “Nós temos todo interesse que o Sisu participe da USP e que a USP participe do Sisu. Temos que superar isso”. Das 1,5 mil vagas ofertadas pela USP, 10,4% ficaram sem candidatos para preencher.