A obra A Visão das Plantas, da escritora Djaimilia Pereira de Almeida, está entre as leituras obrigatórias da Fuvest 2026, 2027, 2028 e 2029. É essencial que os candidatos procurem ler, conhecer e estudar os livros com antecedência. Assim, para te ajudar na sua preparação para a prova do vestibular, compilamos um resumo completo sobre o livro!
Publicada em 2019, “A Visão das Plantas” é uma obra profundamente poética. A autora Djaimilia Pereira de Almeida se inspira em um trecho do livro “Os Pescadores”, de Raul Brandão, para construir a trama de sua narrativa.
Resumo do livro ‘A Visão das Plantas’
A história segue o capitão Celestino, um homem que foi pirata e capitão de um navio negreiro. No início do livro, Celestino retorna à sua cidade natal, abandonando sua vida anterior. Ao chegar em casa, dedica-se intensamente ao cuidado de seu jardim, que, com o tempo, se torna exuberante e belíssimo.
O bairro, no entanto, devido a sua reputação, não tardou a espalhar rumores sobre ele, acusando-o de ter feito pactos com o diabo ou até de ser o próprio diabo encarnado.
O passado sombrio e o jardim como refúgio
Celestino, um homem marcado por um passado de crueldade e violência, cometeu inúmeros crimes brutais, e, ao longo da história, ele é atormentado por espíritos de pessoas que ele torturou e matou. Apesar disso, as plantas de seu jardim demonstram gratidão a ele, sem se importar com suas ações passadas.
Assim, a narrativa estabelece um contraste entre suas ações cruéis e o carinho dedicado ao seu jardim, um espaço de afeto e beleza.
Metáforas e reflexões
Em “A Visão das Plantas”, Djaimilia Pereira de Almeida utiliza o jardim como uma metáfora rica para os dilemas internos do protagonista, criando uma obra que entrelaça filosofia, história e ecologia, e que nos leva a refletir sobre a complexidade da alma humana.
Sobre a autora Djaimilia Pereira de Almeida
Djaimilia Pereira de Almeida nasceu em Angola e é doutora em Teoria da Literatura pela Universidade de Lisboa. Considerada uma das vozes mais relevantes da literatura contemporânea em língua portuguesa, ela conquistou o Prêmio Oceanos em 2019, com seu romance Luanda, Lisboa, Paraíso.
No ano seguinte, a autora foi novamente reconhecida pela premiação com A Visão das Plantas, conquistando o segundo lugar, atrás de Torto Arado, do escritor baiano Itamar Vieira Jr.
Confira as leituras obrigatórias da Fuvest para os vestibulares de 2026 a 2029
Agora, saiba as leituras obrigatórias formuladas pela Fuvest para as edições de 2026 a 2029. Os títulos em negrito são referentes às obras inéditas em relação ao ano anterior do vestibular:
2026
- Opúsculo humanitário (1853) – Nísia Floresta
- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
- Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
- Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
- O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
- As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
- Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
- Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
- A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
2027
- Opúsculo humanitário (1853) – Nísia Floresta
- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
- Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
- Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
- A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
- Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
- Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
- Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
- A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
2028
- Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
- Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
- João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
- A paixão segundo G. H. (1964) – Clarice Lispector
- Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
- Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
- Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
- A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
2029
- Conselhos à minha filha (1842) – Nísia Floresta
- Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
- D. Casmurro (1899) – Machado de Assis
- João Miguel (1932) – Rachel de Queiroz
- Nós matamos o cão tinhoso! (1964) – Luís Bernardo Honwana
- Geografia (1967) – Sophia de Mello Breyner Andresen
- Incidente em Antares (1970) – Érico Veríssimo
- Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
- A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida
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