TEXTO 1
Paulo Freire faz uma crítica à Educação Bancária, na visão freiriana, esse modelo de educação parte do pressuposto que o aluno nada sabe e o professor é detentor do saber. Criando-se então uma relação vertical entre o educador e o educando. O Educador, sendo o que possui todo o saber, é o sujeito da aprendizagem, aquele que deposita o conhecimento. O educando, então, é o objeto que recebe o conhecimento. A educação vista por essa ótica tem como meta, intencional ou não, a formação de indivíduos acomodados, não questionadores e submetidos à estrutura do poder vigente.
Homogeneizar a forma de pensar e de agir da sociedade é uma das maneiras dos opressores controlarem e impedirem o livre pensamento. Pedro Demo afirma que: “ O sistema não teme o pobre que tem fome. Teme o pobre que sabe pensar.” A massa homogeneizada já não pensa, não age, não sonha, não transforma, não almeja ser mais.
(…)
Neste contexto, a escola e os educadores bancários servem ao objetivo dos dominadores que é impedir a formação de uma educação que seja libertadora, autônoma e emancipatória. Como se dá então o conhecimento?
Na lógica da Educação Bancária o currículo mantém uma concepção epistemológica arraigada de no empirismo, através de uma escola tradicional, onde o saber é fechado e o educando é concebido como aquele que recebe a transferência do conhecimento e de informações. Cabendo ao professor o papel ativo, opressor, visão epistemológica de transferência de informações e fatos, cultura do silêncio e do falso saber. E ao aluno cabe o papel passivo, oprimido, depósito.
(…)
Em contrapartida Freire propõe a Educação Libertadora ou Problematizadora. Nela, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa. Tornando-se ambos os sujeitos do processo da construção do conhecimento. “Ninguém educa a ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. (Paulo Freire)”.
(http://www.profjuliososa.com.br/2013/02/professor-julio-sosa-comomencionei-em.html?m=1)
TEXTO 2
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.
(Rubem Alves)
TEXTO 3
Desde estruturas básicas familiares até convivências em variados círculos sociais, somos construídos pela soma de influências a que somos submetidos, pelas escolhas que fazemos a partir de todas essas formas simultâneas de persuasão. Componente decisivo nesse processo, a escola precisa acompanhar como se mostra essa interação entre crianças e meios de convivência, não esquecendo sua responsabilidade como agente de orientação e autonomia de futuros cidadãos.
A partir da leitura do conjunto dos textos acima e de suas próprias reflexões, redija um texto dissertativo-argumentativo, em prosa, com 20 a 30 linhas, em que apresente seu posicionamento acerca da importância da atualização dos modelos educacionais para uma formação qualificada. Utilize a norma-padrão da língua e atribua um título à sua redação.