Pesquisas mostraram que até outubro de 2015, as temperaturas estavam bem mais acima do que qualquer período de 12 meses. Estudiosos concluíram que o intervalo entre 2011 e 2015 foi o mais quente da história. Isso se deve ao fenômeno El Niño e ao aquecimento global. A Organização Mundial de Meteorologia (WMO) concluiu, baseado em estudos no espaço de janeiro a outubro, que a temperatura da superfície global de 2015 foi 0.73ºC maior que a média do intervalo de 1961-1990. Além disso, neste ano, as temperaturas foram 1ºC mais altas que 1890-1899.
A WMO disse que o nível de emissão de gases do efeito estufa aumentou (clique aqui e entenda melhor o assunto com a explicação do professor João Felipe). Na primavera de 2015 no hemisfério norte, a média de concentração de CO2 durante 3 meses ultrapassou a marca simbólica de 400 partes por milhão. É a primeira vez que isso acontece desde começou-se a medir esse gás em 40 pontos diferentes do planeta, na década de 1980. A última vez que houve tanto dióxido de carbono na atmosfera, provavelmente 3,5 milhões de anos atrás, não existiam seres humanos, nem gelo no polo Norte. A temperatura média global era de cerca de 3ºC mais alta do que no período pré-industrial. O nível do mar era 4 a 5 metros mais alto do que hoje.
Outros pesquisadores concordaram que o estudo feito pela WMO reforça a visão de que a emissão de CO2 feita pelos homens, pela queima de combustíveis fósseis, continua aquecendo a Terra acima da variação natural.
O El Niño ganhou força nos últimos meses e foi relatado como um dos mais fortes desde 1950. E para piorar a situação, estudiosos afirmaram que o impacto desse fenômeno é mais forte no segundo ano do calendário, ou seja, 2016 pode apresentar temperaturas ainda mais altas.
O aumento da temperatura do planeta pôde ser sentido em diferentes continentes. A China registrou os níveis de calor mais altos da história entre janeiro e outubro. Já a África, vive o seu segundo ano mais quente. Em alguns locais da Índia, a temperatura média máxima foi de 45ºC. A Europa, Norte da África e o Oriente Médio também viveram períodos de muito calor.
As novas descobertas serão pautas da COP21 que começa no dia 29 de novembro em Paris. A ideia é que no encontro, líderes mundiais discutam como será o novo acordo global que limitará a emissão de dióxido de carbono.
Assista à aula do nosso professor de Atualidades, Orlando Stiebler, sobre a COP 21.