Passados cinco anos do desastre ambiental de Mariana, em Minas Gerais, os impactos causados na fauna e flora ainda não foram revertidos e os culpados não foram devidamente penalizados. Esse contexto expõe uma situação muito mais grave no Brasil, que banaliza questões ambientais e que, na maioria das vezes, não cumpre com suas próprias leis de proteção a natureza e a população.
AS QUESTÕES AMBIENTAIS NO BRASIL
Mais que acidentes e desastres ambientais, os problemas referentes ao meio ambiente no Brasil, fazem parte do cotidiano de diversos cidadãos, e são evidentemente presentes em todas as cidades. Dentre as principais adversidades, podemos destacar:
- Poluição das águas: a contaminação dos lençóis freáticos e o lançamento de detritos nos rios e oceanos são os principais causadores da poluição das águas. A situação é causada tanto por ações do homem, quanto por indústrias e garimpos, o que interfere diretamente na disponibilidade de água potável e provoca danos tanto a fauna e flora, quanto a quem consome – sobretudo pessoas em situação de vulnerabilidade social.
- Poluição do ar: o aumento do número de automóveis a base de combustíveis fósseis e a manutenção de um sistema industrial e as queimadas, são os principais fatores para a poluição do ar. Com a eliminação de gases tóxicos ao ambiente, a qualidade de vida da população é comprometida, tendo em vista que essa poluição provoca complicações respiratórias e até mesmo câncer de pulmão e problemas cardiovasculares.
- Queimadas e desmatamentos: visando abrir pastos, plantações, garimpos e vender madeira, queimadas e desmatamentos são feitos ao longo de biomas inteiros provocando um desequilíbrio ambiental, muitas vezes irreversíveis. Consequentemente, espécies de animais e plantas são postas em risco de extinção, e até a cadeia alimentar entra em desconformidade dentro desses ecossistemas.
DESASTRES AMBIENTAIS NO BRASIL
Mariana, 2015. Brumadinho 2019. Dois desastres ambientais em um mesmo estado Brasileiro, que destruíram completamente duas cidades e que fez as autoridades e a sociedade repensarem na responsabilidade de grandes empresas, com a natureza. Em ambos os casos a negligência foi a mesma: barragens de rejeitos de mineração se romperam devido a falta de manutenção e ao desrespeito da capacidade máxima do sistema.
Em Mariana, a lama de rejeitos atravessou o Rio Doce até chegar no oceano, ameaçou cerca de 400 espécies, matou 19 pessoas e destruiu 82% da cidade, desabrigando e desempregando diversos moradores.
Já em Brumadinho, a lama lançou-se pelo rio Paraopeba, afluente do São Francisco, afetou 147,38 hectares de vegetação da Mata Atlântica, matou cerca de 400 pessoas, além de ter destruído uma área equivalente a 377 campos de futebol.