5 rebeliões nordestinas no Brasil colonial

Brasil colonial

O nordeste brasileiro, além de ter sido uma das primeiras áreas de ocupação territorial por parte da colonização portuguesa, foi cenário de palco para diversas rebeliões durante o período colonial. A proeminência do porto de Pernambuco e o desenvolvimento urbano de Salvador foram aspectos importantíssimos para o desenrolar desses marcos. O objetivo desse texto é passar pelas revoltas coloniais que tiveram maior pujança e que costumam aparecer mais nos vestibulares, nas temáticas envolvendo Brasil colonial

Insurreição Pernambucana (1645 -1654)

Movimento ocorrido na então capitania de Pernambuco que marcou a expulsão dos holandeses das terras coloniais portuguesas. Após a Restauração (1640) em Portugal, o reino voltava a ter uma Casa Lusitana no trono. Os colonos, com apoio da Coroa, expulsam os holandeses do Brasil colonial.

Esse movimento foi responsável pela ocupação das Antilhas pelos próprios holandeses expulsos do Brasil. O açúcar holandês das Antilhas iria prejudicar o preço de mercado do brasileiro, aumentando a concorrência na Europa.

Brasil colonial

Guerra dos Palmares (1694 – 1695)

Não se sabe ao certo a data de assentamento inicial do Quilombo dos Palmares, porém essa comunidade que se estabeleceu na então capitania de Pernambuco marcou, desde o início do século XVII, uma inquietação constante de senhores de engenho e lavradores da região.

O quilombo era visto como um lugar de acolhimento a escravizados em fuga. Ali, estabelecia-se uma rede de solidariedade horizontal para garantir a sobrevivência da comunidade de Palmares. O crescimento demasiado do Quilombo fez com que alguns senhores da região organizassem expedições militares que derrotaram o estabelecimento de Palmares, gerando uma fragmentação dentre algumas lideranças e o assassinato de muitos ex-escravizados.

A Guerra dos Mascates (1710 – 1711)

Conflito também ocorrido na capitania de Pernambuco, que marcou o confronto entre senhores de engenhos e comerciantes (denominados “mascates”), majoritariamente portugueses, pelo autogoverno de Recife.

Olinda tinha tradicionalmente maior espaço nas câmaras municipais por senhores de engenho, que marcavam a região. Já Recife, era uma região muito próspera, marcada por comerciantes que queriam adquirir autonomia político-administrativa perante Olinda, que a regia.

Os comerciantes tiveram suas demandas atendidas no final do confronto em 1711 e Recife foi elevada ao mesmo patamar político-administrativo que Olinda.

Conjuração Baiana (1798)

Com algumas crises de fome que avassalaram a cidade de Salvador, setores populares – formados por escravos, alforriados, livres empobrecidos, entre outros -, inspirados por movimentos iluminista de cunho popular, como o jacobinismo e a Revolução do Haiti, iniciam uma revolta na região.

O objetivo era formar uma República baiana abolicionista e que a participação política fosse universal (sufrágio universal). O movimento foi deflagrado e não se sucedeu.

Revolução Pernambucana (1817)

Após estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro depois de 1808, elites de senhores de engenho de Pernambuco se reuniram para proclamar a República Pernambucana. O projeto previa se desvincular do centralismo imposto pela capital e formar um modelo político baseado na mão de obra escrava, voto censitário e divisão dos três Poderes. O movimento também foi deflagrado.

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