Quem foi Rubem Fonseca?

Rubem Fonseca

No último dia 15 de abril, nos deparamos com a triste notícia do falecimento do escritor mineiro Rubem Fonseca, aos 94 anos. O romancista, contista e ensaísta revolucionou a literatura brasileira e foi um símbolo contra a censura. Pensando nisso, nós do QG elaboramos uma matéria especialmente para você conhecer quem foi Rubem Fonseca e quais foram suas contribuições.  

Nascido em 11 de maio de 1985, em Juiz de Fora, José Rubem Fonseca foi um homem inovador e renovador.  Se formou em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito e atuou na polícia durante seis anos. Após sua exoneração, se dedicou à Psicologia e à Administração, e então a literatura.  Assim, em 1975 lançou sua obra mais famosa, “Feliz Ano Novo”, que logo foi censurada pelo regime militar, sob a alegação de pregar contra a moral e os bons costumes, bem como sua obra “O Cobrador” que também foi censurada pelo mesmo motivo, em 1978.  

No entanto, 45 anos depois, mesmo com a instauração de um regime democrático no Brasil, as produções de Rubem Fonseca voltaram a ser alvo da censura. Isso porque, em fevereiro de 2020, a secretaria de educação de Rondônia, mandou recolher 43 livros de escolas públicas, por conterem “conteúdos inadequados”. Dentre as obras da lista, estavam O Castelo de Franz Kafka, Macunaíma de Mário de Andrade, Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis e cerca de 19 obras de eram de autoria de Rubem Fonseca.  

Rubem Fonseca

SUAS OBRAS 

Rubem Fonseca se destacou por suas obras seguirem segundo o crítico Alfredo Bosi, o estilo brutalista. Isto é, suas obras retratam a violência, a vida urbana e histórias policiais, combinadas com uma narrativa erótica, irônica, nervosa e repleta de palavrões. 

FELIZ ANO NOVO  

Feliz Ano Novo reúne uma série de contos, dentre eles “Feliz Ano Novo” que dá título ao livro. A narrativa gira ao redor de um assalto cometido por três indivíduos (Zequinha, Lambreta e Pereba) em uma mansão na Zona Sul Carioca. Assim, durante o assalto há a presença de violência sexual, assassinatos e muita impiedade, mostrando todo brutalismo típico do autor.  

O SEMINARISTA  

A obra “O Seminarista” consiste em um romance policial que envolve um matador de aluguel, ex-seminarista. Ao longo da narrativa, questões como justiça com as próprias mãos e vingança são muito atenuadas, tendo em vista que o protagonista mata sem remorso, mas apenas gente tida como “ruim” – pedófilos, necrófilos e outros assassinos profissionais, por exemplo.  

 

Por fim, vale ressaltar que algumas produções literárias de Rubem Fonseca foram adaptadas para a telinha. Um exemplo disso é a obra “Agosto”, que virou uma minissérie em 1993, e o personagem Mandrake de “Grande Arte” por exemplo, inspirou em 2005 a série “Mandrake”. Que tal dar uma conferida?  

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