O filme, que está disponível no Netflix, não é uma adaptação do livro homônimo do escritor nigeriano, Uzodinma Iweala.
O que diferencia Beasts of no Nation de outros filmes sobre as guerras civis na África é a narrativa. Isto acontece, pois ela é feita através do ponto de vista de uma criança que teve seu pai e irmãos assassinados por milicianos. Durante uma tentativa de fuga, Agu é raptado por um exército rebelde liderado por um tenente aliciador e sádico. Assim, é obrigado a se tornar um soldado ao lado de, em sua maioria, crianças e adolescentes.
Agu é inserido em mundo como vítima de um ritual macabro da bestialização humana. Neste, os instintos mais primitivos do ser humano são tão expostos, que assassinar alguém com um facão acaba sendo uma prática banal de um cotidiano absurdo. Vidas passam a não valer absolutamente nada, e as atrocidades são movidas para garantir interesses políticos e econômicos estrangeiros.
O tenente do grupo fala inglês. Esta é uma prova que muitas vezes as guerras são financiadas por um governo de fora do país. Beasts of Nation explica alguns dos motivos que levam países a receberem uma quantidade gritante de imigrantes que vem de um mundo esquecido.
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