Como funciona a pílula anticoncepcional?

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Existem muitos métodos contraceptivos, ou seja, métodos que impedem uma gravidez indesejada. Isso pode ser por meio do impedimento da ovulação (liberação do óvulo), da fecundação (penetração do espermatozóide no óvulo), ou da nidação (implantação do óvulo na parede uterina). Uma das formas de contracepção mais famosas e eficazes é a pílula anticoncepcional, utilizadas por muitas mulheres. Entretanto, várias das que usam, não sabem como funciona. Vamos entender?

Primeiro de tudo, é importante entender quais são os hormônios que participam do ciclo menstrual da mulher:

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  • Gonadotrofinas hipofisárias: Hormônios liberados pela adeno-hipófise. São eles o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante). O FSH é responsável pelo crescimento e maturação dos folículos ovarianos, o nome já indica isso. E o LH é responsável pela liberação do óvulo, ou seja, pela ovulação, e pela formação do corpo lúteo/amarelo.
  • Esteroides ovarianos: São eles o estrogênio/estradiol e a progesterona. O estrogênio é produzido pelas células foliculares (que envolvem o ovócito, e seu conjunto forma o folículo) e também pelo corpo lúteo (mas em pouca quantidade). A progesterona é produzida pelo corpo lúteo.

Sabendo disso, vamos ao ciclo:

O ciclo menstrual da mulher inicia no primeiro dia de menstruação. O primeiro hormônio a ser liberado é o FSH, que faz com que o folículo cresça e amadureça. O folículo por sua vez, possui as células foliculares, que produzem o estrogênio, que reconstrói o endométrio (que foi descamado, o que faz com que ocorra a menstruação). Mas o estrogênio inibe o FSH, fazendo com que sua taxa caia, e essa queda também provoca a redução de estrogênio. Depois, próximo ao 14° dia do ciclo, ocorre o aumento dos níveis de LH, que induz o rompimento do folículo ovariano, causando a ovulação e estimula o folículo a virar o corpo lúteo. Esse corpo, produz a progesterona (e estrogênio em baixa quantidade), que tem a função de preparar o útero para um bebê, ou seja, ajuda na manutenção do endométrio. Entretanto, a progesterona inibe o LH, e com a queda de LH, consequentemente (se não tiver ocorrido fecundação), há também a queda da progesterona e estrogênio, resultando na descamação do endométrio, dando início a menstruação.

E então, como a pílula age?

A pílula anticoncepcional é composta por hormônios sintéticos, sendo eles o estrogênio e a progesterona. Como vimos antes, ambos tem um papel de inibir as gonadotrofinas hipofisárias, o FSH é inibido pelo estrogênio e o LH é inibido pela progesterona. Dessa forma, não ocorre a maturação do folículo e nem a ovulação.

Outros métodos contraceptivos:

Camisinha: É um método muito usado e age impedindo a fecundação. É válido ressaltar que a camisinha é o único método que protege contra DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). A camisinha masculina é inserida no pênis ereto e impede a passagem dos espermatozoides, além de impedir contato do pênis com a vagina e a feminina é encaixada na vagina fazendo o mesmo papel.

DIU: É um dispositivo de plástico recoberto de cobre e precisa de um médico para ser colocado e consultas frequentes. O cobre mata a maioria dos espermatozóides e não permite que os restantes cheguem ao ovócito e o fecundem, mas caso haja fecundação, o DIU impedirá que o embrião se fixe no útero, ou seja, que ocorra a nidação. É um método seguro mas pode causar cólicas, sangramento e dores na paciente.

Vasectomia e laqueadura: A vasectomia é a secção dos ductos deferentes através de um corte da bolsa escrotal, tais ductos servem de caminho para os espermatozóides. A laqueadura por sua vez, as trompas das mulheres são fechadas ou ocorre a ligação tubária, em que ocorre um corte na tuba uterina e seus cotos são amarrados. Dessa forma, não há fecundação apesar de continuar a produção do ovócito.

Diafragma: É feito de uma borracha flexível e é inserido na entrada do útero pré relação sexual, e age bloqueando a passagem dos espermatozóides e com isso a fecundação.

E a pílula do dia seguinte? É contraceptivo?

A pílula é um “contraceptivo de emergência”, usada após a relação sexual. É válido ressaltar que não é que nem os métodos apresentados anteriormente, é apenas para casos emergenciais, e não para ser usado frequentemente, por isso não é considerada como um contraceptivo e sim como um fármaco usado nesses casos extremos. Ela possui uma alta dosagem de hormônios, que impedem a fecundação e a nidação, por meio do impedimento ou retardamento da liberação do ovócito caso a mulher não tenha ovulado; altera a secreção vaginal, o que dificulta o caminho dos espermatozóides; altera o endométrio, impedindo a fixação do embrião na parede uterina.

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