Quem foi Marielle Franco?
Em 2016, Marielle foi eleita para vereadora na cidade do Rio de Janeiro, sendo a quinta candidata mais votada, com 46,5 mil votos. Negra e moradora da favela da Maré, foi mãe aos 19 anos.
Marielle era Socióloga, formada na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) após ter concluído o curso de Ciências Sociais e possuía mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
A vereadora fazia parte da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), era Presidente da Comissão da Mulher da Câmara de Vereadores e recentemente entrou para a Comissão da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro como relatora do processo de Intervenção Federal da cidade.
Entenda o que são Direitos Humanos e como ir bem na redação do Enem
Marielle lutava especificamente pelas mulheres, moradores das favelas do Rio de Janeiro, negros e o público LGBT. Para ela, todos merecem lugar na nossa sociedade, principalmente uma mulher, que assim como ela, teve seu lugar e sua representação marcante no ambiente político.
Mandato
Durante seu mandato, que durou pouco mais de 1 ano, Marielle fez diferença em alguns aspectos políticos e sociais:
– Lutou pelo direito de nome social no crachá da assessora Lana de Holanda, mulher trans. E conseguiu!
– Projeto de Lei: Espaço Coruja para mães, pais ou responsáveis que estudam ou trabalham no turno da noite deixarem seus filhos enquanto exercem as atividades.
– Organização da Audiência Pública sobre a Mortalidade Materna na cidade do Rio de Janeiro para acabar com a morte de mulheres que utilizavam a saúde pública para dar a luz aos seus filhos.
– Projeto de Lei: Por mais Casas de Parto no Rio de Janeiro. As casas de parto são espaços específicos para partos normais onde a mulher decide à respeito de seu parto.
– Marielle representou o Brasil em uma conferência sobre mobilidade em Santiago, no Chile. Ela foi convidada pelo Instituto para Políticas de Desenvolvimento e Transporte e apresentou como as mulheres sofrem assédios no dia a dia ao usarem transporte público urbano.
Uma das suas últimas ações foi no Carnaval de 2018, onde foram distribuídos 200 mil leques da campanha “Não é não, #CarnavalSemAssédio”. Ao todo, foram 13 projetos de Lei durante todo seu mandato, além de diversas ações pela cidade, pelo Brasil e pelo mundo.
Devido à sua morte, Marielle foi conhecida e reconhecida no Brasil e no mundo e deixa um legado forte para a população brasileira.