Devido ao avanço da engenharia genética, o cultivo de culturas transgênicas cresce mundialmente, principalmente nos países emergentes. A aceitação desse tipo de tecnologia está ligada à necessidade de aumentar a produção de alimentos no planeta.
Os transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGM), ou seja, são os alimentos derivados normalmente de sementes e plantas cujos materiais genéticos tenham sido modificados com o intuito de obter benefícios tanto para as plantações (resistência a herbicidas, produção de toxinas contra pragas das culturas agrícolas) quanto para os consumidores (aumento da qualidade nutricional ou produção de substâncias medicinais).
O Brasil vem apurando as culturas agrícolas através da seleção das melhores sementes, alterando os genomas das plantas. De acordo com o Relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de pesticidas usados por área plantada no país mais que dobrou de 2000 para 2012, passando de 3 quilogramas por hectare para 7 quilogramas.
Ambientalistas temem o contágio do meio ambiente por espécies modificadas e a perda da biodiversidade. Não há consenso a respeito da segurança dos transgênicos para o organismo humano. Em relação aos agrotóxicos, pesquisas apontam riscos para a saúde como o câncer, infertilidades e malformações fetais.
Os agrotóxicos não estão presentes apenas em alimentos in natura como frutas, legumes e verduras, mas também em produtos alimentícios industrializados, que têm como ingredientes o trigo, o milho e a soja, por exemplo. No Brasil, cerca de 450 substâncias são autorizadas para uso na agricultura. O Inca alerta ainda sobre o uso de muitos princípios ativos que já foram banidos em outros países. Dos 50 produtos mais utilizados na agricultura brasileira, 22 são proibidos na União Europeia.