Homofobia: O preconceito e a luta pela igualdade de direitos

Os Estados Unidos viveram na madrugada do dia 12 de junho, um de seus atentados mais marcante da história. O norte-americano de ascendência afegã Omar Mateen invadiu a boate Pulse matando pelo menos 50 pessoas e ferindo 53.

Quando os agentes da polícia de Orlando chegaram à boate houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas. “Às… 5h nesta manhã, os policiais decidiram resgatar as vítimas mantidas reféns dentro da boate. Os policiais trocaram tiros com Omar (o atirador) que acabou morrendo durante o confronto.

O último atentado com proporções comparáveis foi o massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos, segundo a Reuters. Acredita-se que este seja o pior massacre terrorista em solo americano, depois do 11 de setembro.

Fontes da investigação apontaram que o atirador teria ligado para o número de emergência 911 e disse ser leal ao Estado Islâmico. Omar já havia sido investigado porque citou possíveis ligações com terroristas a colegas de trabalho. Contudo, apesar das declarações de lealdade ao grupo Estado Islâmico, ainda não está clara a relação entre o atirador e a organização extremista.

O pai de Omar, Mir Siddique, disse à NBC que o ataque feito pelo filho se deva a motivos homofóbicos. “Não tem nada a ver com religião”, disse Siddique, acrescentando que seu filho ficou transtornado quando viu dois homens se beijando durante uma viagem a Miami, há mais ou menos dois meses.

A boate Pulse é uma das casas noturnas mais emblemáticas da causa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Flórida e nos Estados Unidos. A boate foi criada em 2004 e desenvolve ações para “despertar as consciências” sobre a homossexualidade nos Estados Unidos e no mundo.

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A homofobia ou aversão aos homossexuais impede que gays possam viver de forma segura e exercer a sua cidadania de forma plena. A prática homossexual é considerada crime em mais de 77 países, isto é, o preconceito se tornou uma política de Estado. Clique aqui para ler mais informações sobre esses países e mais informações sobre outras violações dos direitos humanos.

No Brasil, o crescimento da homofobia está relacionado a fatores que determinam maior hostilidade como a cultura machista, o conservadorismo da sociedade e o fortalecimento de grupos religiosos. A homossexualidade é vista como uma ameaça aos valores morais desses grupos, como a família, entendida unicamente como a união entre um homem e uma mulher.

Essa expansão se expressa no Congresso Nacional em forma de projetos de lei conhecidos como Estatuto da Família e “cura gay”. O primeiro, que tramita na Câmara dos Deputados, define família como sendo a união entre homem e mulher. O segundo, que foi arquivado em 2013, mas voltou a ser apresentado em 2014, sugere que a homossexualidade é uma doença, por isso, possível de ser tratada.

O preconceito contra os homossexuais manifesta-se de forma mais repulsiva por meio de assassinatos. Dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), indicam que, em 2015, foram registrados 318 assassinatos de gays, travestis e lésbicas, vítimas de agressões físicas. O estado de São Paulo é o primeiro da lista com 55 assassinatos, em segundo lugar está o estado da Bahia com 33 assassinatos. De acordo com a organização, quase todos os casos têm como motivação a homofobia.

 

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