Saiba todas as leituras obrigatórias para a prova da Fuvest 2026 [+ Resumos]

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Se você está se preparando para a Fuvest, já deve saber que as leituras obrigatórias representam partes cruciais da prova. Elas aparecem em diversas questões, podem ser utilizadas como repertórios socioculturais para a sua redação – e ainda enriquecem o seu conhecimento em literatura brasileira.

Mas diante da rotina agitada de estudos, sabemos que nem sempre dá tempo de reler tudo ou lembrar dos detalhes mais importantes de cada obra, né?

Para te ajudar, fizemos um conteúdo especial com os nove livros exigidos pela Fuvest 2026. Aqui, você confere a lista completa de obras obrigatórias e tem acesso aos resumos detalhados de cada um logo abaixo de cada sinopse. Vamos revisar juntos?

Leituras obrigatórias da Fuvest 2026

Confira a lista de livros obrigatórios exigidos pela Fuvest 2026:

  • Opúsculo humanitário (1853) – Nísia Floresta
  • Nebulosas (1872) – Narcisa Amália
  • Memórias de Martha (1899) – Júlia Lopes de Almeida
  • Caminho de pedras (1937) – Rachel de Queiroz
  • O Cristo Cigano (1961) – Sophia de Mello Breyner Andresen
  • As meninas (1973) – Lygia Fagundes Telles
  • Balada de amor ao vento (1990) – Paulina Chiziane
  • Canção para ninar menino grande (2018) – Conceição Evaristo
  • A visão das plantas (2019) – Djaimilia Pereira de Almeida

Cronograma da Fuvest 2026

Saiba as principais datas do vestibular para entrada na USP em 2026, que irá ocorrer em 2025:

  • Inscrições: 18 de agosto a 7 de outubro de 2025
  • 1ª fase: 23 de novembro de 2025
  • Provas de competências específicas: entre 9 e 12 de dezembro de 2025
  • 2ª fase: 14 e 15 de dezembro de 2025

Confira os resumos das leituras obrigatórias Fuvest 2026

Abaixo, confira mais detalhes sobre os nove livros que cairão na prova da Fuvest 2026.

Opúsculo humanitário – Nísia Floresta

O livro “Opúsculo humanitário” tem autoria de Nísia Floresta e constitui uma tese em defesa à educação das mulheres no Brasil oitocentista. Foi, em um primeiro momento, publicado em formato de folhetins nos jornais Diário do Rio de Janeiro e O Liberal entre os anos de 1852 e 1853, para posteriormente ser organizado em um livro, como uma coletânea de 62 artigos, em 1989, por Peggy Sharpe-Valadares.

A tese construída pela autora é hoje considerada um marco para a luta feminista e pelo direito à educação para mulheres. Floresta, no entanto, aborda outras relevantes questões em seu livro, como as estruturas sociais que tornavam viáveis a manutenção da exploração da mulher, a permanência da escravidão, a desvalorização da pessoa indígena e a intensificação das desigualdades sociais.

Nebulosas – Narcisa Amália

O livro “Nebulosas” foi o primeiro e último livro publicado pela poeta Narcisa Amália de Campos, em 1872. A obra consiste em uma coletânea de 44 poemas e gerou grande repercussão na época de seu lançamento, uma vez que publicações de autoria feminina eram raras.

Os temas abordados pela autora são variados: vemos versos românticos, descrições do cotidiano de Narcisa, homenagens a familiares e amigos, análises da sociedade e questões ligadas à espiritualidade e à história do Brasil.

Memórias de Martha – Júlia Lopes de Almeida

O romance Memórias de Martha, primeiro da escritora Júlia Lopes de Almeida, foi publicado inicialmente como folhetim em 1888 e compilado em livro no ano seguinte, 1889, um ano antes de O Cortiço, de Aluísio Azevedo.

Classificado como um romance memorialista, a obra é uma autobiografia ficcional narrada em primeira pessoa. A protagonista, Martha, narra os acontecimentos mais marcantes de sua vida, desde a infância até o momento da narrativa, que coincide com a morte de sua mãe.

Caminho de pedras – Rachel de Queiroz

A obra “Caminho de pedras”, da renomada escritora Rachel de Queiroz, publicada em 1937, reflete os dilemas de uma sociedade em transição, onde as mulheres começam a questionar suas posições, confrontando as normas sociais, além da luta de classes.

A autora aborda como o sistema privilegia de forma sutil aqueles próximos ao poder, enquanto explora a queda moral de sua protagonista e incita reflexões sobre o papel feminino na sociedade da época.

O Cristo Cigano – Sophia de Mello Breyner Andresen

A coletânea reúne 11 poemas na obra que variam na métrica, além de um poema inicial que faz menção direta a João Cabral de Melo Neto para entender sobre “A palavra faca”, já que a narrativa contaria uma história que o autor divulgava.

Ao trazer temáticas sobre o conflito humano, a morte e a religião, Andersen evoca diálogo com a estética barroca nos poemas. A dualidade é essencial para seu entendimento e atravessa toda a obra.

As meninas – Lygia Fagundes Telles

O livro “As Meninas”, escrito por Lygia Fagundes Telles e publicado em 1973, é uma obra que se passa no contexto da ditadura militar no Brasil. A história acompanha a amizade entre três jovens mulheres, oferecendo uma reflexão profunda sobre suas vidas, seus conflitos internos e as tensões políticas da época.

Com uma narrativa introspectiva, a autora mergulha no universo psicológico das personagens, explorando suas emoções e suas vivências em um cenário repleto de repressão e incertezas.

Balada de amor ao vento – Paulina Chiziane

A obra é um expoente internacional na literatura de Moçambique. Repleto de manifestações culturais, o romance retrata temas como a poligamia na visão feminina, a violência doméstica, a pressão pela maternidade, a traição e a marginalização.

O romance traz a narrativa sob visão da narradora-protagonista Sarnau, mulher moçambicana de uma aldeia no sul do país. Para a ambientação do livro, uma parte da narrativa se passa em um vilarejo em Gaza, no sul de Moçambique, país onde a autora Paulina Chiziane cresceu. Outra parte do livro é ambientada em Mafalala, atualmente chamada de Maputo, capital do país.

Canção para ninar menino grande – Conceição Evaristo

Lançado em 2018 pela escritora Conceição Evaristo, o livro “Canção para ninar menino grande” mergulha nas experiências da população negra e aborda questões como racismo, machismo, amor e os desafios enfrentados pelo protagonista, Fio Jasmim, e pelas mulheres que também desempenham papéis centrais na história.

A obra nos apresenta a jornada de autodescoberta de Fio Jasmim, marcada por suas relações amorosas e os conflitos pessoais, enquanto ele lida com questões sociais e culturais que refletem a realidade de muitos brasileiros. Ao longo do livro, somos convidados a refletir sobre as dificuldades e os desafios que ainda afetam a vida de grande parte da sociedade brasileira, especialmente dos negros e das mulheres.

A visão das plantas – Djaimilia Pereira de Almeida

Publicada em 2019, “A Visão das Plantas” é uma obra profundamente poética. A autora Djaimilia Pereira de Almeida se inspira em um trecho do livro “Os Pescadores”, de Raul Brandão, para construir a trama de sua narrativa.

A história segue o capitão Celestino, um homem que foi pirata e capitão de um navio negreiro. No início do livro, Celestino retorna à sua cidade natal, abandonando sua vida anterior. Ao chegar em casa, dedica-se intensamente ao cuidado de seu jardim, que, com o tempo, se torna exuberante e belíssimo.

Foto do post: Divulgação/Companhia das Letras e Editora Janela Amarela

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